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    Lula diz que Anvisa precisa andar “um pouco mais rápido” na liberação de medicamentos

    Presidente falou sobre o assunto durante inauguração de uma fábrica de insumos para remédios de diabete e obesidade, no interior de São Paulo

    Gabriela BoechatLeonardo Ribbeiroda CNN , Brasília

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta sexta-feira (23), que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) precisa “andar um pouco mais rápido” para aprovar os pedidos de registro de medicamentos.

    “Não é possível o povo não poder comprar remédio porque a Anvisa não libera. Essa é uma demanda que nós vamos tentar resolver”, completou.

    À CNN, a Anvisa disse em nota que “O que determina que “remédios” só possam ser comercializados no país com a “liberação” da ANVISA é a Lei”. A agência ainda diz que o atual Governo Federal foi alertado que o número insuficiente de servidores “traria impacto no cumprimento da missão da Agência”.

    A declaração de Lula foi dada durante inauguração da fábrica de polipeptídeo sintético da EMS, o maior laboratório farmacêutico no Brasil.

    O espaço será voltado para a produção de químicos usados no tratamento de diabetes e de obesidade. Os peptídeos, ao agirem de forma semelhante a um hormônio natural, ajudam nos efeitos colaterais dos pacientes e são de menor custo.

    De acordo com o governo, essa é a primeira fábrica do tipo no Brasil. O investimento foi de R$ 70 milhões, sendo R$ 48 milhões de financiamento do BNDES.

    “Vocês são testemunha que voltamos ao governo em um momento de negacionismo jamais visto na história do país. Eu nunca pensei em viver até um dia que eu conhecesse alguém que dissesse que não é bom tomar vacina”, afirmou Lula.

    A ministra da Saúde, Nísia Trindade, também presente na cerimônia, afirmou que a iniciativa era um importante encontro da competência e da qualidade do setor privado com as políticas públicas do governo federal.

    “É o lançamento do primeiro medicamento produzido no país para diabetes e obesidade de forma inovadora. É um momento de muito orgulho e muita expectativa com relação a esse trabalho”, completou a ministra.

    O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ressaltou a importância do investimento em iniciativas de saúde que foquem na produção nacional de matérias-primas ou medicamentos.

    “O Brasil hoje tem um déficit no setor de saúde de R$14,7 bilhões, nós importamos mais do que exportamos. Essa fábrica que visitamos hoje vai inverter essa lógica do grupo EMS, que vai passar a ser exportador, vai gerar superávit comercial, vai gerar mais emprego, mais oportunidade, mais pesquisa e mais inovação”, defendeu.

    O que o eleitor pode e não pode levar para a urna no dia da votação?

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