Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Lula defende a sindicalistas mudanças construídas com Congresso

    Segundo a Força sindical, presidente eleito falou na necessidade de fazer alianças amplas

    Luiz Inácio Lula da Silva, presidente eleito na COP27
    Luiz Inácio Lula da Silva, presidente eleito na COP27 Kiara Worth

    Caio Junqueira

    O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje a representantes de centrais sindicais defender a agenda de reivindicações deles, mas que é preciso que elas sejam negociadas com o Congresso Nacional.

    “Ele disse que seu governo será de reconstrução e essa reconstrução passa pela capacidade de fazer alianças amplas. Falou também que é preciso ganhar a agenda na política. Que a política não é para amadores. E que aprendeu muito com a queda da Dilma (Rousseff) e que precisamos ficar espertos. Que temos que trabalhar com deputados e senadores para ampliar o leque de alianças”, disse à CNN o secretário-geral da Força Sindical, Joao Carlos Gonçalves, o Juruna.

    De acordo com ele, Lula disse apoiar a agenda de reivindicações apresentadas no encontro pelos sindicalistas. “Ele falou: temos que fortalecer sindicatos, negociações coletivas. Disse que vai criar fórum tripartite para que haja negociação com empresários e governo. Mas lembrou que é preciso construir isso com o Congresso. Deixou claro que não vai ser tudo na canetada.”

    Juruna disse também que em certo momento um dos presentes pediu que o ministro da Fazenda a ser escolhido fosse progressista, a que Lula respondeu que o progressista ali era ele mesmo.

    Como a CNN mostrou mais cedo, a pauta de reivindicações que os sindicalistas levaram até Lula foi ampla e abordou principalmente a revisão de pontos da legislação trabalhista como a necessidade de se rever o financiamento dos sindicatos.

    Sindicalistas não defendem retornar ao antigo modelo do imposto sindical – eliminado pela reforma trabalhista de Temer- mas querem que trabalhadores que forem beneficiados pelas negociações possam contribuir voluntariamente com os sindicatos que lideram essas negociações.

    As centrais também pediram que as negociações individuais -outra mudança na reforma- sejam revistas e que seja retomado o princípio da ultratividade, pelo qual uma convenção trabalhista que não tenha sido renovada possa ter seus efeitos prolongados.

    Também foi pedido a Lula que haja uma reestruturação do Ministério do Trabalho, a retomada das negociações tripartites, das quais participam representantes do governo, dos trabalhadores e dos empresários e que os sindicatos voltem a homologar rescisões contratuais.