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    Lula comunica Múcio que PF não vai participar de desfile de 7 de setembro

    Segundo apurou a CNN, o ministro foi avisado da decisão do presidente no sábado, durante reunião promovida no Palácio da Alvorada

    Raquel LandimGustavo Uribeda CNN , em Brasília

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comunicou ao ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, que a Polícia Federal, a Polícia Militar e o Detran do Distrito Federal DF não vão participar do desfile de 7 de setembro deste ano.

    Segundo apurou a CNN, o ministro foi avisado da decisão do presidente no sábado, durante reunião promovida no Palácio da Alvorada e revelada pela CNN.

    Veja: Lula se reúne com comando das Forças Armadas

    O objetivo da ausência das forças policiais seria reduzir a duração do desfile. A notícia de que a Polícia Federal não participaria das comemorações, no entanto, gerou mal-estar.

    Recentemente, a Polícia Federal e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), comandado por um militar, disputaram a segurança pessoal de Lula.

    A CNN apurou que a equipe do Ministério da Defesa contatou a Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República para desfazer o mal-entendido.

    Além disso, Múcio telefonou para o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, para explicar a decisão presidencial.

    O presidente planeja fazer, neste ano, um desfile cívico-militar no 7 de Setembro que represente um contraponto aos que eram promovidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    A ideia, segundo relatos feitos por assessores do governo à CNN, é promover uma cerimônia sem conotação partidária.

    O objetivo é tentar dissociar o 7 de Setembro da gestão passada. Em anos anteriores, Bolsonaro costumava promover eventos político-partidários, com a grande presença de apoiadores, depois do desfile na Esplanada dos Ministérios.

    Veja também: Múcio quer detalhes de reunião de hacker com militares

    Por isso, auxiliares palacianos defendem que, no dia, Lula evite fazer discurso público, diferenciando-se de seu antecessor. O governo federal avalia ainda adotar um slogan que remeta o feriado nacional a uma data de todos os brasileiros.

    Em contrato publicado no Diário Oficial da União (DOU), a Secom estima um gasto de R$ 3,1 milhões com “planejamento, coordenação, supervisão e execução” da festividade.

    Em 2022, ano do Bicentenário da Independência, a previsão da Secom foi de R$ 3,4 milhões, em valor corrigido pela inflação do período.

    Para este ano, o edital aberto pelo governo petista calcula uma capacidade de público de cerca de 40 mil pessoas, “sendo 30 mil acomodadas nas arquibancadas e 10 mil pessoas de público circulante nas imediações do desfile”.

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