Lula chega aos Estados Unidos para reunião com Joe Biden
Encontro está previsto para acontecer nesta sexta-feira (10)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), desembarcou, no início da noite desta quinta-feira (9), em Washington, nos Estados Unidos, onde participará de uma reunião com o presidente dos EUA, Joe Biden.
O encontro entre os dois chefes de Estado está previsto para acontecer nesta sexta-feira (10).
O presidente Lula, a sua esposa Rosângela Silva (Janja) e o restante da comitiva, que inclui os ministros da Fazenda, Fernando Haddad (PT) e do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), já estão dentro da “Blair House”, utilizada como casa de hóspedes do presidente americano.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco (PT), o líder do governo no Senado, Jacques Wagner (PT), o embaixador e assessor da Presidência, Celso Amorim, e o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Márcio Elias Rosa, também viajaram para Washington.
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Compromissos oficiais
Na sexta-feira (10) o chefe do Executivo brasileiro terá uma série de compromissos.
Além da reunião com Biden, estará com o senador democrata Bernie Sanders, um dos autores da resolução no Congresso para que, no ano passado, o resultado da eleição no Brasil fosse imediatamente reconhecido, o que foi visto como um ato em defesa à democracia.
O petista também terá um encontro com lideranças sindicais norte-americanas.
Segundo apuração da âncora da CNN Daniela Lima, o presidente brasileiro quer construir uma relação pessoal com Biden, a exemplo do forte vínculo que tinha com George W. Bush e do bom elo que construiu com Barack Obama.
Esse último, inclusive, chegou a se referir a Lula como “o cara” durante uma reunião do G20, em Londres.
A expectativa é de que Lula também leve para o centro do debate a importância do Brasil para a manutenção da democracia nas Américas e a capacidade do país como força de combate à extrema-direita.
Nesse sentido, o petista deverá falar sobre os ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro, e sobre como estão as investigações sobre os atos criminosos.
Fontes ligadas a Lula garantem que o presidente brasileiro está preparado para responder sobre as ações do Supremo Tribunal Federal (STF) no caso. Além da diferença das legislações de entre Brasil e EUA, o objetivo é mostrar que o que tem sido feito pela Suprema Corte Brasileira é algo inovador para combater os ataques à democracia.
Outras pautas
Biden, por sua vez, pretende discutir com Lula os problemas e as eventuais soluções para questões raciais e sociais nos dois países. A informação foi confirmada à CNN por diplomatas americanos envolvidos na organização do encontro bilateral entre os dois líderes. A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, estará presente na comitiva.
Tanto os diplomatas americanos quanto o Itamaraty concordam que os dois países enfrentam graves problemas nas duas áreas e têm muitas experiências a compartilhar. Ou, como disse um diplomata americano, “um país pode aprender muito com o outro, e vice-versa”.
Lula e Biden também vão conversar sobre como encontrar caminhos conjuntos para defender a democracia e debaterão ações concretas para conter as mudanças climáticas e preservar o meio ambiente.
O presidente brasileiro já adiantou que pretende debater com o colega americano formas de conter a disseminação de informações deliberadamente falsas no mundo digital.
Qualquer avanço neste campo vai depender muito da participação americana, já que as maiores redes sociais do mundo operam a partir daquele país.
A volta da comitiva presidencial ao Brasil está programada para o sábado (11).
Janja vai ter encontro reservado com esposa de Biden
O encontro é mais uma das agendas que compõem a viagem de membros do governo brasileiro, encabeçado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), à capital americana.
Janja se reúne com a primeira-dama americana às 15h30 (horário de Brasília). Duas horas mais tarde, às 17h30, é a vez de Lula e Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, sentarem à mesa.
(Com informações de Américo Martins, Danilo Moliterno, Giovanna Inoue e Léo Lopes da CNN)