Carlos Jordy é o primeiro deputado federal alvo da Lesa Pátria; entenda as fases da operação da PF
Ao longo de um ano, Polícia Federal realizou 24 fases da operação, que tem como objetivo identificar mentores intelectuais, financiadores e incitadores de atos antidemocráticos


O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) é o primeiro parlamentar do Congresso Nacional alvo da Polícia Federal no âmbito da Operação Lesa Pátria. Nesta quinta-feira (18), a corporação cumpre 10 mandados de busca e apreensão em endereços do Rio de Janeiro e do Distrito Federal.
Ao todo, a PF realizou 24 fases da operação, com o objetivo de identificar mentores intelectuais, financiadores e incitadores de atos antidemocráticos ocorridos entre o fim de outubro de 2022 e janeiro de 2023.
Entenda as fases da Operação Lesa Pátria
1ª fase
Alvos: Renan Silva Sena, Leonardo Alves Fares, Ramiro Alves da Rocha Cruz, Randolfo Antônio Dias, Soraia Bacciotti, Raif Jibran Filho, Diogo Arthur Galvão e Rieny Munhoz Marcula (incitadores).
Deflagrada no dia 20 de janeiro de 2023. Foram cumpridos 8 mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.
2ª fase
Alvo: Antônio Cláudio Alves Ferreira (executor)
Ocorreu no dia 23 de janeiro com a prisão de Ferreira, que destruiu um relógio do século XVII durante a invasão ao Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro. Ele foi preso em Uberlândia (MG).
3ª fase
Alvos: Leonardo Rodrigues de Jesus (Léo Índio) e outros (incitadores)
Deflagrada em 27 de janeiro. Os agentes cumpriram 11 mandados de prisão e 27 de busca e apreensão no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo e Distrito Federal.
4ª fase
Alvos: Lucimário Benedito Camargo (Mário Furacão), William Ferreira da Silva (Homem do Tempo) e outro (incitadores)
Realizada em cinco estados e no Distrito Federal. Foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e 14 mandados de busca e apreensão nos Estados de Rondônia, Goiás, Espírito Santo, São Paulo, Mato Grosso e Distrito Federal.
5ª fase
Alvos: Coronel da PM-DF Jorge Eduardo Naime Barreto, major da PM-DF Flávio Silvestre de Alencar, capitão Josiel Pereira Cesar e tenente da PM-DF Rafael Pereira Martins (facilitadores)
Ocorreu no dia 7 de fevereiro e levou à prisão quatro agentes da Polícia Militar do Distrito Federal que estariam supostamente envolvidos nos atos extremistas do 8 de janeiro.
6ª fase
Alvos: Luciano Oliveira dos Santos (Popó Bolsonaro), José Ruy e outros (incitadores)
Cumpriu oito mandados de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão em Goiás, Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Sergipe.
7ª fase
Alvos: Edmar Miguel (Miguel Laranja), Kennedy Alves e Aline Cristina Monteiro Roque (executores)
Realizada em 7 de março. Foram presas três pessoas acusadas de participar dos atos do dia 8 de janeiro. Os policiais cumpriram oito mandados de busca e apreensão em Minas Gerais e no Paraná.
8ª fase
Alvos: Débora Santos, Erlon Paliota Ferrite, Fábio Alexandre de Oliveira e outros (executores)
Deflagrada em 17 de março. Foram presos 32 acusados. A ação policial foi realizada em nove estados e no Distrito Federal.
9ª fase
Alvo: major da PM-DF Cláudio Mendes dos Santos (financiador)
Cumprida em 23 de março. Na ocasião, o major da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal Cláudio Mendes dos Santos foi preso. Ele foi acusado de administrar o dinheiro usado para financiar os atos extremistas.
10ª fase
Alvos: Sílvio de Melo Rocha, Dalila Gonçalves de Carvalho, Aline Leal Bastos Morais de Barros, Sara Sany Silva e Pinto, Marco Túlio Rios Carvalho, tenente-coronel da
Aeronáutica Euro Brasílico Vieira Magalhães, Claudebir Beatriz Da Silva Campos, Benito Franco, Nelson Eufrosino e outros (executores)
Realizada em 18 de abril. Foram cumpridos 16 mandados de prisão preventiva e 22 de busca e apreensão em sete Estados e no DF.
11ª fase
Alvos: Adoilto Fernandes Coronel, Geraldo Cesar Killer e outros (financiadores)
Deflagrada em 11 de maio. Foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná, além do bloqueio de R$ 40 milhões em bens dos envolvidos.
12ª fase
Alvo: Major da PM-DF Flávio Silvestre Alencar (facilitador)
Realizada em 23 de maio. Foram cumpridos 4 mandados de busca e apreensão e 1 mandado de prisão preventiva no Distrito Federal.
13ª fase
Alvo: Milton de Oliveira Júnior (financiador)
Ocorreu em 27 de junho. Os agentes cumpriram um mandado de busca e apreensão em Itapetininga (SP) contra um financiador. Trata-se de Milton de Oliveira Júnior, dono de uma rádio.
14ª fase
Alvos: Fernanda Oliver, Dirlei Paz, Isac Ferreira, Juliana Gonçalves Lopes Barros, Rodrigo Lima e outros (incitadores)
Realizada no dia 17 de agosto. A Polícia Federal prendeu um pastor, uma cantora gospel e outras oito pessoas pelos atos do 8 de Janeiro.
15ª fase
Alvo: deputado estadual Amauri Ribeiro (União Brasil-GO) (incitador)
Deflagrada em 29 de agosto. Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em Goiânia (GO) e Piracanjuba (GO).
16ª fase
Alvos: Marici Junqueira de Andrade Bernarde, Rodrigo Augusto Albani Borini, Rodrigo de Souza Lins e outros (financiadores)
Realizada em 5 de setembro. Foram cumpridos 53 mandados de busca e apreensão por determinação do STF em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Ceará, Minas Gerais, Santa Catarina e Paraná.
17ª fase
Alvo: Aildo Francisco Lima (executor)
Ocorreu em 27 de setembro. A polícia prendeu Aildo Francisco Lima, acusado de fazer uma live sentado na cadeira do ministro do STF Alexandre de Moraes durante os atos do dia 8 de Janeiro.
18 ª fase
Alvo: general Ridauto Lúcio Fernandes (incitador)
Realizada em 29 de setembro. O alvo foi o general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes. Ele era diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde.
19ª fase
Alvos: Leonardo Rodrigues de Jesus (Léo Índio) e outros (financiadores)
Deflagrada em 25 de outubro. Foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão por determinação do STF em Cuiabá (MT), Cáceres (MT), Santos (SP), São Gonçalo (RJ) e em Brasília (DF). Cinco pessoas foram presas.
20ª fase
Alvos: Edith Christina Medeiros Freire e outros (executores)
Realizada em 21 de novembro. Agentes prenderam 2 alvos e cumpriram 10 mandados de busca e apreensão.
21ª fase
Alvos: Incitadores
Realizada em 28 de novembro. Foram expedidos pelo Supremo 7 mandados de busca e apreensão e um de prisão.
22ª fase
Alvos: Financiadores
Ocorreu no dia 30 de novembro. Foram 25 mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão preventiva, expedidos pelo Supremo Tribunal, nos estados de Santa Catarina e Minas Gerais. Foi determinada a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados. Apura-se que os valores dos danos causados ao patrimônio público possam chegar à cifra de R$ 40 milhões.
23ª fase
Alvos: Wagner Ferreira Filho e outros financiadores, incitadores e executores
Realizada no dia 8 de janeiro de 2024, com o objetivo de identificar pessoas que financiaram e fomentaram os atos do dia 8 de janeiro de 2023. Para esta fase, foram expedidos, pelo Supremo Tribunal Federal, 48 mandados judiciais (46 mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva), nos estados do Rio Grande do Sul, Bahia, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Maranhão, Paraná, Rondônia, São Paulo, Tocantins, Santa Catarina e Distrito Federal.
24ª fase
Alvo: deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) (incitador)
Deflagrada em 18 de janeiro de 2024 para cumprir dez mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nos estados do Rio de Janeiro (8 mandados) e no Distrito Federal (2). Um dos alvos é o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ).
25ª fase
Alvos: Joveci Xavier Andrade e Adauto Mesquita (financiadores)
Ocorreu no dia 29 de fevereiro de 2024. Os alvos foram presos preventivamente por terem feito doações ao acampamento em frente ao quartel-general do Exército, além de arrecadar dinheiro para o aluguel de lonas e fornecer alimentos e água aos acampados.
26ª fase
Alvos: financiadores e pessoas consideradas “vândalos”
Foi realizada no dia 16 de abril de 2024. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em oito estados, e estima-se que os valores dos danos causados ao patrimônio publico possam chegar a R$ 40 milhões.