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    Leilão de superterminal em Santos “vai acontecer” em 2025, diz Silvio Costa Filho à CNN

    Previsão é de um investimento de R$ 3 bilhões, o maior para um terminal de cargas leiloado à iniciativa privada

    Débora BergamascoTeo Curyda CNN , Brasília

    O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse que o governo está decidido a fazer o leilão do STS10, um novo “superterminal” de contêineres em Santos (SP), em 2025.

    “Vamos fazer o Tecon Santos 10. A gente está trabalhando para agora, em 2025, iniciar o processo licitatório. Vai acontecer”, afirmou o ministro ao CNN Entrevistas.

    Maior porta de entrada e saída de mercadorias do Brasil, o Porto de Santos já usa cerca de 90% de sua capacidade instalada para a movimentação de contêineres e deve chegar ao esgotamento total até 2028, segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

    A licitação do STS10 foi idealizada pelo então ministro de Infraestrutura do governo Bolsonaro e era aguardada pelo mercado desde então.

    Ao confirmar a licitação, Silvio Costa Filho anula opções que vinham sendo ventiladas. Por exemplo: a ampliação contratual de terminais vizinhos ou que já ocupam a área prevista do STS10.

    No modelo aprovado pelo ministério, em alinhamento com a Casa Civil, serão quatro berços de atracação (o projeto original previa três berços), o que ampliará em 50% a capacidade de contêineres.

    A previsão é de um investimento de aproximadamente R$ 3 bilhões — o maior para um terminal de cargas leiloado à iniciativa privada.

    Atualmente. Santos recebe cerca de 6 milhões de contêineres por ano. A ideia é aumentar essa capacidade para 9 milhões de unidades.

    Além disso, a empresa vencedora terá o compromisso de implantar novo terminal de passageiros, que hoje recebe cerca de 1 milhão de cruzeiristas por ano. O novo terminal de passageiros não deve interferir na operação da área de contêineres.

    Hoje, duas empresas dividem praticamente pela metade o atendimento à demanda das cargas no porto: a Santos Brasil e a BTP.

    O Grupo Opportunity anunciou no mês passado a venda, para a companhia de navegação francesa CGA CGM, do controle da Santos Brasil por R$ 6,3 bilhões. A BTP é controlada pelas empresas de transporte marítimo Maersk e MSC.

    Isso redimensiona as discussões sobre liberar ou não a participação de armadores (companhias de navegação) na disputa do STS10.

    Os defensores afirmam que a “verticalização” do setor é uma tendência mundial e reduz custos. Os críticos apontam que deixar a movimentação de cargas em terra firme, nas mesmas mãos de quem faz o transporte, pode facilitar uma “cartelização”.

    Nesse ponto, Costa Filho evita compromissos. “Na hora certa, vamos apontar à sociedade”, disse.

    Ao todo, segundo o Silvio Costa, a intenção do governo é leiloar mais 30 arrendamentos portuários — em todo o país — até 2026. Essas instalações devem receber investimentos de R$ 9,3 bilhões.

    Ainda segundo o ministro, todo o mercado nacional e internacional vai poder participar do leilão.

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