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    José Dirceu defende reeleição de Lula para 2026

    Ex-ministro-chefe da Casa Civil negou a existência do Mensalão e fez críticas à gestão de Roberto Campos Neto no Banco Central

    Gabriel Fernedada CNN

    em São Paulo

    Ex-ministro-chefe da Casa Civil durante o primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o petista José Dirceu defendeu nesta quinta-feira (6) a reeleição de Lula em 2026. A declaração foi dada em entrevista à RedeTV.

    “Eu penso em 12 anos, em três governos. Eu vejo que precisa de um projeto de desenvolvimento nacional, porque o Brasil tem que fazer, em dez anos, 100 em matéria de ciência, tecnologia e educação. Nós estamos vendo a crise na educação”, disse.

    “Estou falando em um projeto de desenvolvimento nacional. Estou pensando em uma frente que pensa o país e tem um projeto para o país, porque são reformas estruturais, e são políticas de longo prazo que o Brasil precisa. Não vejo outro nome hoje, outra liderança que possa ser candidata”, completou Dirceu.

    Escândalo do Mensalão

    Durante a entrevista, Dirceu negou a existência do Mensalão, dizendo que o escândalo de compra de votos no Congresso nunca existiu. Afirmou também que a Operação Lava Jato virou um “instrumento político”.

    “Quando aconteceu o Mensalão, o núcleo do PT, do governo e do Parlamento foi retirado de cena. Eu fui condenado sem provas, e fiquei como chefe do Mensalão, que nem existiu. E a Lava Jato virou um instrumento político, como ficou provado.”

    Críticas a Roberto Campos Neto

    Durante a entrevista, José Dirceu teceu críticas ao atual presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.

    Para o ex-ministro, a atitude de Campos Neto em manter a taxa básica de juros no atual patamar de 13,75% ao ano é “quase um crime de responsabilidade”.

    “Considero quase um crime de responsabilidade o comportamento do Roberto Campos Neto, primeiro ele queria fazer política fiscal, que na prática ele está fazendo. Como justificar 8% de juro real? O juro é negativo no mundo hoje. Como é que nós podemos industrializar o Brasil assim? Não há nenhum sentido de manter essa taxa de juros.”

    No dia 22 de março, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu por unanimidade manter a taxa básica de juros – a Selic – em 13,75% ao ano. Essa foi a quinta decisão seguida pela manutenção da taxa.

    Histórico

    Sem ocupar um cargo público desde 2005, José Dirceu foi um dos principais ministros do primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tendo ocupado o cargo de Ministro-Chefe da Casa Civil do Brasil entre janeiro de 2003 e junho de 2005.

    Ao longo de sua trajetória, o político também ocupou os cargos de deputado estadual, deputado federal e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores.