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    Joias, vacina, golpe: entenda os inquéritos sobre Bolsonaro que a PF quer encerrar até setembro

    Ex-presidente é alvo de três investigações, que devem ser concluídas até setembro

    Jair Bolsonaro nega qualquer relação com suposto plano de golpe de Estado
    Jair Bolsonaro nega qualquer relação com suposto plano de golpe de Estado 22/02/2024 - REUTERS/Adriano Machado

    Maria Clara Matosda CNN

    São Paulo

    O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é alvo de três inquéritos da Polícia Federal. De acordo com a instituição, eles vão ser finalizados até setembro.

    Cronograma da PF

    • Junho: caso das joias;
    • Julho: carteira de vacinação;
    • Setembro: suposto golpe de Estado.

    Confira, a seguir, o que é cada um dos três inquéritos:

    Joias

    O caso das “joias sauditas” apura um suposto plano de negociação de joias que foram presenteadas a Bolsonaro por autoridades estrangeiras. As peças teriam, em tese, sido omitidas e vendidas no exterior.

    O caso envolveu, além de Bolsonaro, o tenente-coronel e ex-ajudante de ordens Mauro Cid e seu pai, o general Mauro César Cid.

    Além deles, o advogado do ex-presidente, Frederick Wassef, e o tenente do Exército Osmar Crivelatti, foram alvos da investigação.

    Como apurou a CNN, Mauro Cesar Cid tentava vender as joias em Miami, nos Estados Unidos, enquanto Crivelatti era responsável por cuidar das joias.

    O inquérito deve ser finalizado pela Polícia Federal em junho deste ano. A PF colheu imagens nos Estados Unidos – onde as joias seriam legalizadas – e incluiu o último investigado no inquérito há cerca de duas semanas.

    Carteira de vacinação

    Em março deste ano, o ex-presidente foi indiciado junto ao tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens, por supostamente participar em um esquema de fraude no cartão de vacinação contra Covid-19.

    Segundo investigação da PF, os registros falsificados foram feitos por uma organização criminosa que teria incluído os dados falsificados no sistema do Ministério da Saúde.

    O projeto teria sido iniciado por Cid e abrangia outras pessoas, inserindo “dados falsos de vacinação contra a Covid-19 em benefício do então presidente da República Jair Messias Bolsonaro”.

    Suposto plano golpista

    Além dos dois casos, está previsto para o fim de setembro a finalização do inquérito envolvendo a participação do ex-chefe do executivo em um suposto esquema de golpe de Estado planejado pela cúpula do seu governo.

    O inquérito envolve ex-ministros do governo e ex-chefes do Exército, que teriam supostamente planejado uma minuta de golpe para instaurar um estado de sítio no Brasil e impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que derrotou o ex-presidente nas urnas em 2022.

    Depoimentos prestados à Polícia Federal teriam confirmado que Bolsonaro estava presente nas reuniões entre antigos comandantes das Forças Armadas.

    Outro lado

    Sobre o caso das joias, a defesa do ex-presidente já se pronunciou em ocasiões anteriores que não praticou nenhuma ilegalidade em relação a quaisquer presentes que lhe tenham sido ofertados durante seu mandato.

    A respeito dos cartões de vacina, afirma que Bolsonaro jamais determinou ou soube que qualquer de seus assessores tivessem confeccionado certificados vacinais com conteúdo ideologicamente falso.

    O ex-presidente também nega qualquer relação com suposto plano de golpe de Estado.