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    Investigação sobre vandalismo no DF identifica possíveis financiadores no Sul e no Norte

    Em depoimentos prestados às autoridades policiais, detidos no episódio dos ataques aos Três Poderes afirmam que se deslocaram sem custos a Brasília de cidades do Paraná, Pará e Rondônia

    Bolsonaristas presos no Palácio do Planalto após atos criminosos na Praça dos Três Poderes
    Bolsonaristas presos no Palácio do Planalto após atos criminosos na Praça dos Três Poderes Ton Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo - 08.jan.2023

    Gustavo Uribe

    A investigação que apura os episódios de vandalismo ocorridos em Brasília identificou possíveis financiadores em estados como Paraná, Pará e Rondônia.

    A informação foi obtida pela CNN junto a autoridades policiais e são baseadas em depoimentos prestados pelos próprios bolsonaristas detidos após os eventos criminosos.

    A investigação aponta que ônibus foram fretados, nas palavras dos próprios depoentes, por comerciantes e fazendeiros e que parcela dos detidos fez a viagem sem custos.

    Em um dos depoimentos, por exemplo, que foi relatado à CNN, um dos detidos afirma que se deslocou de Guajaramim a Brasília em um ônibus custeado por empresários de Rondônia.

    A apuração ainda salienta que a compra de alimentos no acampamento bolsonarista em Brasília também contava com financiamento.

    Em outro depoimento, também relatado à CNN, um dos detidos afirma que fazendeiros de Água Azul do Norte, no Pará, enviavam depósitos bancários para a compra de mantimentos.

    Em relato semelhante, uma das detidas, que se deslocou à capital federal de Foz do Iguaçu, no Paraná, afirmou que não teve de pagar nenhum valor para a viagem e que lhe foi fornecida alimentação gratuita no acampamento bolsonarista.

    A investigação também chegou ao caso de um vendedor de picolés na Bahia que afirmou ter recebido R$ 400 para se deslocar de Salvador para o acampamento no Distrito Federal.

    Na última sexta-feira (13), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes acatou um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e incluiu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas investigações dos episodios criminosos em Brasília.

    A investigação tenta descobrir quem são os autores intelectuais e instigadores do vandalismo.

    Na ocasião, apoiadores do ex-presidente depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal.