Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Instituições precisam continuar apurando, diz relatora ao entregar relatório da CPMI do 8/1 à CGU

    Relatório final também apresenta propostas de mudanças de procedimentos administrativos e na legislação

    Relatório final da CPMI, com mais de 1.300 páginas, pede o indiciamento de 61 pessoas, entre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
    Relatório final da CPMI, com mais de 1.300 páginas, pede o indiciamento de 61 pessoas, entre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) Geraldo Magela/Agência Senado

    Leonardo Ribbeiroda CNN

    em Brasília

    Os parlamentares da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apurou os atos criminosos do dia 8 de janeiro entregaram nesta terça-feira (24) cópia do relatório final das investigações para a Procuradoria-Geral da República (PGR), a Controladoria-Geral da União (CGU) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

    “O 8 de janeiro não acabou. [O que aconteceu] precisa ser definitivamente eliminado com a ajuda dessas instituições”, afirmou a relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), durante entrega do documento à CGU.

    Veja também — Advogada de réu do 8 de janeiro chora e diz que STF não respeita a Constituição

    O relatório, com mais de 1.300 páginas, pede o indiciamento de 61 pessoas, entre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por crimes como tentativa de golpe, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e associação criminosa.

    Gama reforçou a necessidade de as instituições darem continuidade às apurações e punir os envolvidos. O documento também apresenta propostas de mudanças de procedimentos administrativos e na legislação.

    “É o caso de uma medida que estamos apontando à CGU de passar a impedir que as empresas envolvidas em atos como os do 8 de janeiro assinem contrato com a Administração Pública. Pessoas físicas e jurídicas precisam ser desestimuladas a participar de atentados contra a democracia”, completou a senadora.

    O ministro Vinícius de Carvalho, da CGU, garantiu que o trabalho irá continuar e listou algumas situações em que o órgão tem agido antes mesmo da entrega do relatório.

    “[Temos] o caso da adulteração de cartões de vacina; do uso da estrutura da Polícia Rodoviária Federal nas eleições; a oferta desenfreada de crédito consignado do Auxílio Brasil; as irregularidades no Auxílio Taxista e do benefício pago a caminhoneiros; além do descontrole do Cadastro Único – usado pelo governo para pagar benefícios sociais”, enumerou.

    Nesta quarta-feira (25), os parlamentares da CPMI entregam o relatório ao Tribunal de Contas da União (TCU) e à Advocacia-Geral da União (AGU).