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    Indígenas pedem a Lula que use lista tríplice ao escolher ministro dos povos originários

    Documento com sugestão de nomes deve ser entregue até a próxima sexta-feira (9)

    Giovanna InoueJulliana Lopesda CNN , em Brasília

    Lideranças indígenas preparam uma lista tríplice com sugestões de nomes para o comando do Ministério dos Povos Originários.

    A informação foi confirmada nesta quarta-feira (7) pela deputada eleita, Sônia Guajajara (PSOL-SP). Além de integrante da equipe de transição, a parlamentar é um dos nomes cotados para o comando da nova pasta.

    A expectativa é entregar o documento ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), até a próxima sexta-feira (9).

    Além da própria deputada, o movimento indígena também estuda indicar outros parlamentares, como Joênia Wapichana (Rede-RR) e o vereador em Caucaia (CE), Weibe Tapeba (PT). O nome de Luiz Eloy Terena, advogado ligado à Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), também é aventado.

    Procurada, a deputada Joênia Wapichana, integrante do Grupo de Transição de Povos Originários, afirmou que a ideia de construção de uma lista tríplice partiu do movimento indígena, e negou que o nome do novo ministro esteja sendo discutido pela equipe de transição.

    Lula tem dito que deve anunciar a nova composição da Esplanada dos Ministérios depois da diplomação, marcada para o próximo dia 12.

    A criação de uma pasta para os povos indígenas é uma das promessas de campanha do petista. A definição do comando do ministério, no entanto, passa por uma série de cálculos.

    A nova composição política no Congresso Nacional tem peso na escolha. Representantes da “bancada do Cocar”, no Congresso Nacional, temem perder um nome de destaque na articulação do grupo, a depender da decisão de Lula. Essa bancada informal deve ser formada por cinco deputados federais e dois senadores eleitos.

    Se indicada para o novo Ministério, Sônia Guajajara abandonaria o mandato da Câmara, recém conquistado. Já Joênia Wapichana não conseguiu se reeleger e estará fora do quadro de parlamentares a partir do ano que vem.

    Estrutura Ministerial

    Nas últimas reuniões da transição, ganhou força a mudança da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) do Ministério da Justiça para a nova pasta, que poderia ficar com o controle dos processos de demarcação de territórios indígenas.

    Por outro lado, o entendimento do grupo é que a Secretaria de Saúde Indígena (SESAI) deve seguir sob o comando do Ministério da Saúde. O relatório final da equipe deve reforçar um pedido de mais de R$ 900 milhões de investimento para área em 2023.

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