Ibaneis volta ao governo do DF e diz que entende decisão de Moraes pelo afastamento
O governador disse, em coletiva de imprensa, que retorna, após 64 dias de afastamento, "com muita paz no coração e com vontade de realizar ainda mais pelo DF"
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), voltou a ocupar o cargo nesta quinta-feira (16) após a autorização dada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Ibaneis estava afastado desde 9 de janeiro, por decisão do próprio Moraes, após os atos criminosos cometidos por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que provocaram destruição nos prédios do Congresso, do STF e do Palácio do Planalto, um dia antes.
O governador disse que retorna, após 64 dias de afastamento, “com muita paz no coração e com vontade de realizar ainda mais pelo DF”. A decisão inicial era de um afastamento por 90 dias, mas Moraes reverteu a própria decisão antes.
Ibaneis Rocha disse, em coletiva de imprensa, que ficou “espantado” ao receber a notícia de seu afastamento em janeiro, mas que não carrega mágoa nenhuma pela decisão. “Eu entendi a reação do ministro Alexandre de Moraes, aquilo era necessário ser feito pela defesa da democracia”, falou.
“Tenho todo o respeito por todas as autoridades e por tudo que aconteceu”, disse. “Estou muito consciente que precisamos virar a página na história da nossa cidade e do nosso país e viver um tempo de paz. Somente com paz vamos conseguir avançar nas pautas importantes para a sociedade.”
Ele também agradeceu pelo trabalho da vice-governadora, Celina Leão (PP), que assumiu o governo durante seu afastamento. Também agradeceu ao secretário de Segurança, Sandro Avelar, que, segundo Ibaneis, “continuará sendo secretário até o dia que ele quiser”.
Ao comentar sobre os atos criminosos de 8 de janeiro, Ibaneis disse que ocorreu um “apagão geral” na segurança da Praça dos Três Poderes. E que a possível troca no comando da Polícia Militar do DF depende do secretário Sandro Avelar. “Ele é quem manda na Segurança do DF, e confio integralmente nele.”
Ibaneis foi questionado sobre os alertas que havia recebido antes de indicar Anderson Torres como secretário, e respondeu confiar em Torres na época e que “agora parece muito fácil olhar para trás e perceber o que poderia ter sido feito de maneira diferente”.