Haddad elogia Tebet, mas afirma ter sondado outros nomes para o Planejamento
Futuro ministro da Fazenda disse que decisão é de Lula e evitou comentar sobre a possibilidade de bancos públicos ficarem sob responsabilidade da pasta
O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), evitou afirmar nesta segunda-feira (26) que apoiaria o nome da senadora Simone Tebet (MDB-MS) cotada para a pasta de Planejamento.
“Eu participei até semana passada de algumas sondagens e a imprensa chegou a divulgar que, quando o presidente [Lula] me perguntou sobre o perfil do ministro do Planejamento, eu entendi (…) que a gente devia sondar ex-governadores que tinham arrumado a casa”, explicou Haddad.
“Nós tínhamos muitos governadores nessa situação. Rui Costa, Wellington Dias, Camilo Santana, Jorge Vianna, Renan Filho, que nem do PT é. Eram governadores que tinham boas equipes de Planejamento”, avaliou o futuro ministro, dizendo ainda ter sondado esses nomes.
“Eu próprio sondei a maioria desses como possibilidades. O Rui foi para a Casa Civil, Camilo foi para a Educação, Wellington, para o MDS [Ministério do Desenvolvimento Social]. (…) Aí surgiu o nome da Simone que está sendo tratado diretamente pelo presidente. Vamos aguardar”, continuou.
Fernando Haddad fez elogios à capacidade e competência de Simone Tebet, porém, evitou responder à CNN se ele concorda que bancos públicos fiquem sob a responsabilidade do Ministério do Planejamento. A solicitação foi feita por Tebet ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Eu não obtive essa informação de que ela tenha pedido bancos públicos. Eu não posso nem me manifestar; porque, se fosse um pleito que tivesse sido confirmado, eu ia me manifestar e certamente ia falar com o presidente antes de tudo. Mas efetivamente eu conversei hoje pela manhã com ele [Lula]. Eu perguntei em que pé estão as negociações e esse tema não apareceu”, disse o futuro ministro e na sequência desferiu elogios a Tebet.
“A Simone é uma política muito qualificada, é uma pessoa que sabe trabalhar em equipe, que estava concorrendo a presidente da República, de muita respeitabilidade. Não vejo nenhuma dificuldade em relação a isso. Muito pelo contrário. Acho que é uma pessoa que somou durante a campanha”.
