Haddad e Pacheco propõem prorrogar para 31 de março prazo para pagamento de dívida do governo de MG
Ministro da Fazenda e presidente do Senado se reuniram para discutir débito que chega a R$ 160 bilhões
Após reunião nesta quinta-feira (7), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmaram que está em negociação a prorrogação até 31 de março do prazo para encontrar uma solução para a dívida do estado de Minas Gerais com a União.
“Nós já havíamos discutido com o vice-governador de Minas que nós íamos pedir até 31 de março do ano que vem um prazo para a Justiça para que Minas continuasse não pagando a dívida, ou seja, dando um benefício adicional do previsto em lei à Minas”, afirmou o ministro à imprensa.
Separadamente, Pacheco disse que o prazo ficou acertado e que entrarão com pedido de prorrogação no Supremo Tribunal Federal (STF).
“Nós apresentaremos ao STF um pedido de prorrogação desse prazo, que o ministro Fernando Haddad reputa razoável até 31 de março, para que seja então tabulados e feitos os estudos relativamente a essa proposta que apresentamos para a solução da dívida de Minas Gerais”, explicou o senador.
Ontem (6), Pacheco havia rebatido o governador Romeu Zema (Novo), criticou a falta de “ação efetiva” nas negociações em Brasília. Na ocasião, o parlamentar afirmou que todas as ações possíveis estão sendo tomadas.
Hoje, foi a vez de Haddad refutar Zema. De acordo com o ministro, o governador “não ajuda com esse tipo de conduta”. “Ele está lidando com pessoas sérias, tanto no Ministério da Fazenda, quanto na presidência do Congresso Nacional. Se ele tiver disposição, nós vamos construir juntos uma solução”, acrescentou.
A dívida do estado de Minas é orçada em R$ 160 bilhões. Graças a uma liminar da Justiça, o governo de Minas Gerais, na gestão de Romeu Zema, não pagou nenhuma parcela da dívida com a União.
A CNN procurou o governador Romeu Zema para comentar o resultado da reunião entre Pacheco e Haddad e aguarda posicionamento.
*Publicado por Renata Souza, da CNN. Com informações de Lucas Schroeder