Haddad deve indicar nomes da prefeitura de SP e da transição para a Fazenda
Auditor Fiscal de carreira deverá assumir Tesouro, advogado é cotado para a Receita e economista da transição à frente da Secretaria de Políticas Econômicas
O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), prepara novos anúncios da pasta para esta quinta-feira (22).
Conforme interlocutores da equipe de transição, na lista de novos indicados está o auditor fiscal de carreira, Rogério Ceron, para o Tesouro Nacional. Ceron se despediu da presidência da SP Parcerias, órgão ligado à Prefeitura de São Paulo, recentemente com a indicação de que partiria para “novos projetos”.
Ele estava sendo cotado para assumir a Receita Federal, posto que deverá ser ocupado pelo procurador-chefe da Fazenda do município de São Paulo e advogado Robinson Barreirinhas, ex-secretário de Assuntos Jurídicos da cidade de São Paulo na gestão de Haddad.
O nome do secretário da Fazenda de São Paulo, Felipe Salto, chegou a ser ventilado para o Tesouro, depois que ele apresentou ao vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), uma proposta de um novo arcabouço fiscal com base na trajetória da dívida.
Salto perdeu força pela aproximação de Haddad com Ceron, que já trabalhou com o futuro ministro quando o petista era prefeito de São Paulo como secretário de Finanças.
Já o economista Guilherme Mello deverá ocupar a Secretaria de Políticas Econômicas. Mello foi conselheiro do PT no período eleitoral e participou do grupo de economia da transição. Ele também é crítico do teto de gastos e defende a criação de uma nova âncora fiscal.
Marcos Barbosa Pinto será secretário de Reformas Econômicas. O advogado já trabalhou com Haddad no ministério do Planejamento, no primeiro governo Lula e foi sócio do ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, na Gávea Investimentos.
O futuro ministro da Fazenda deve anunciar o nome de Barbosa Pinto nesta quinta, cuja pasta substituirá a Secretaria de Assuntos Internacionais. Os quatro secretários da pasta no novo governo devem participar do anúncio no CCBB, em Brasília.
Haddad já havia anunciado o nome do economista e ex-presidente do Banco Fator, Gabriel Galípolo, para a secretaria-executiva da pasta e de Bernard Appy para secretaria especial da Reforma Tributária. Além de Anelize Lenzi Ruas, para procuradora-geral da Fazenda Nacional.
O senador Renan Filho chegou a ser consultado pelo futuro ministro para o ministério do Planejamento. O MDB pleiteia uma pasta com maior capacidade de execução, a exemplo do ministério das Cidades ou Minas e Energia.
Anteriormente, o PT chegou a sondar o economista e um dos pais do Plano Real, Persio Arida, que se adiantou em negar a investida publicamente. André Lara Resende também teria sido sondado e descartado a ideia.