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    Haddad aproveita pausa nas férias para conversar com parlamentares sobre MP da desoneração

    Ministro disse que já conversou com Pacheco sobre a proposta; presidente do Congresso marcou reunião de líderes para terça

    Cristiane Nobertoda CNN , Brasília

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu, nesta segunda-feira (8), com parlamentares do governo para articular o avanço da medida provisória (MP) 1202/2023, que propõe a reoneração gradual da folha de pagamento de diferentes setores da economia. A medida foi publicada já nos últimos dias de 2023.

    Haddad, que está em férias até sexta-feira (12), interrompeu o descanso por dois dias para comparecer ao evento que marca o primeiro ano dos ataques de 8 de janeiro. No entanto, o ministro aproveitou para cuidar da medida, rejeitada por parte dos parlamentares, que ameaçam devolver a proposta ao governo.

    Na manhã desta segunda, ele se reuniu com o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e o ministro da Relações Institucionais, Alexandre Padilha, para tratar do tema.

    Ele também deixou orientações para a própria equipe. Mais cedo, o ministro se reuniu com o secretário executivo da Fazenda, Dario Durigan — que assumirá as atividades na ausência dele–, e com o secretário do Tesouro, Rogério Ceron.

    Confiante com a MP

    Após participar da cerimônia desta segunda, Haddad disse à imprensa que, mesmo com a ameaça de boicote por parte dos deputados e senadores, está confiante com a medida. “Tenho falado com parlamentares e não noto isso (rejeição à MP). Se eu não fosse confiante, não tinha chegado até aqui”, disse.

    Haddad também disse que já conversou sobre o tema com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que convocou uma reunião de líderes para terça-feira (9) para conversar sobre o assunto com os demais senadores.

    “Já havia conversado com ele [Pacheco]”, disse, e completou: “Eu trabalho com o que eu penso que vai ser bom para o Brasil”

    De acordo com Randolfe Rodrigues, para uma medida provisória ser devolvida, ela precisa ofender a Constituição, não cumprir os requisitos de relevância e não cumprir os requisitos de urgência. Segundo o parlamentar, a excepcionalidade ocorreu apenas cinco vezes desde a redemocratização.

    De acordo com o líder, o governo vai conversar com os congressistas e que Haddad está “totalmente à disposição para conversar, para negociar, para encontrar mediações”. “Não há razão e justificativa para uma medida de força de devolução”, disse. “Estou confiante de que não ocorrerá devolução”.

    Retorno a SP

    Conforme antecipou a CNN, Haddad volta ainda nesta segunda para São Paulo para despachar do escritório da pasta na capital paulista.

    Na terça-feira, o ministro tem duas agendas: uma com o fundador de uma rede bancária privada e outra com representantes de seguradoras.

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