Há 43 horas em silêncio, Bolsonaro segue sem reconhecer derrota para Lula
Presidente passa o dia em reuniões internas no Palácio da Alvorada, sem previsão oficial de pronunciamento sobre ter perdido a tentativa de reeleição no segundo turno
Há pelo menos 43 horas sem se manifestar ou reconhecer a derrota nas urnas para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente e candidato à reeleição derrotado, Jair Bolsonaro (PL), segue no Palácio da Alvorada – residência oficial da presidência, em Brasília –, nesta terça-feira (1º).
Ainda não há uma previsão oficial de pronunciamento de Bolsonaro, segundo a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom). Há, porém, uma estrutura para possível fala ou coletiva montada no Salão Leste do Palácio do Planalto – montada desde segunda-feira (31), quando havia uma expectativa de um pronunciamento do candidato à reeleição derrotado. No entanto, no fim do dia, a Secom informou que não havia mais previsão e que, caso houvesse a esperada fala presidencial, ela deveria ocorrer no Palácio do Planalto – e não no Alvorada.
Segundo apuração do repórter Pedro Teixeira, entretanto, fontes do governo informaram que estão reunidos no Alvorada e avaliando o pronunciamento do presidente na tarde desta terça-feira (1º).
Embora a agenda oficial divulgada pela Presidência da República conste “sem compromisso oficial”, Bolsonaro recebeu pela manhã auxiliares próximos, incluindo generais do Exército como Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e o vice na chapa que disputou à reeleição, Walter Braga Netto, além do Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior, comandante da Força Aérea.
Outros que passaram no Alvorada, nesta manhã, foram o ex-ministro do governo e senador eleito pelo Rio Grande do Norte, Rogério Marinho (PL-RN), e o senador e filho do atual presidente, Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Bolsonaro segue sem fazer qualquer tipo de comentário ou publicação nas redes sociais sobre o resultado da eleição, com a vitória do ex-presidente Lula, definida na noite de domingo (30). A notícia foi confirmada na CNN ao vivo às 19h58.
Cerca de duas horas depois, no Alvorada, Bolsonaro já havia dispensado todos os aliados e assessores e estava “recolhido”, segundo uma fonte da CNN no Palácio.