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    GSI diz que pastores investigados em caso no MEC estiveram 35 vezes no Planalto

    Segundo a lista, Arilton Moura foi 35 vezes à sede da Presidência da República, em visitas a ministros e ao vice-presidente, Hamilton Mourão. Destes encontros, Gilmar Silva esteva presente em 10

    Kelton Pinheiro, prefeito de Bonfinópolis (GO), em reunião com reunião com o ministro Milton Ribeiro e os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura no Ministério da Educação no dia 13 de janeiro de 2021
    Kelton Pinheiro, prefeito de Bonfinópolis (GO), em reunião com reunião com o ministro Milton Ribeiro e os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura no Ministério da Educação no dia 13 de janeiro de 2021 Arquivo pessoal

    Gabriela Vinhalda CNN

    Brasília

    O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) divulgou nesta quinta-feira (14) a lista de visitas dos pastores Arilton Moura Correia e Gilmar Silva dos Santos ao Palácio do Planalto. Ambos estariam envolvidos em um suposto caso de corrupção no Ministério da Educação. Eles são investigados por cobrarem propinas de prefeitos para facilitar o acesso a recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

    No total, segundo dados do GSI, entre 2019 e 2022, foram registradas 35 entradas de Arilton, entre visitas a ministros e ao vice-presidente, Hamilton Mourão. Deste número, em 10 vezes Gilmar também esteve presente. O último também frequentou o gabinete responsável pela agenda do presidente Jair Bolsonaro (PL). Na planilha divulgada à imprensa, a pasta não informa, contudo, quem teria participado das agendas – apenas especifica o local de destino, como gabinetes da Secretaria de Governo, da Casa Civil, do próprio GSI, e da Vice-Presidência.

    A visita mais recente dos dois pastores foi em 16 de fevereiro, quando foram à Casa Civil. Nos dados também não há registro de ida à Presidência da República. O GSI divulgou na última quarta-feira (13) uma nota na qual defendeu o sigilo imposto sobre os encontros entre o presidente Jair Bolsonaro e os pastores.

    A decisão foi criticada por partidos de oposição ao governo, que acionaram o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o sigilo das informações. Os dois pastores são investigados pela Polícia Federal, suspeitos de cobrar propina para liberar verbas do MEC, à época chefiado por Milton Ribeiro, para prefeituras. O caso resultou na queda de Ribeiro do ministério.

    O antigo ministro já prestou depoimento à PF e negou que tenha cometido qualquer irregularidade. No mês passado, o pastor Gilmar Santos disse que as reportagens envolvendo seu nome são “acusações levianas”. Moura foi procurado por meio de sua advogada, mas não respondeu aos questionamentos.

    Texto alterado às 10h10 para correção no número de visita dos pastores, de 45 para 35.