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    Grupo que estuda violência nas escolas pretende tornar crime hediondo ataques a instituições de ensino

    Primeira audiência pública do grupo está prevista para acontecer em Blumenau, onde ocorreu ataque à creche que deixou quatro vítimas

    João RosaBeatrice Mesianoda CNN , Brasília

    O Grupo de Trabalho (GT) da Câmara dos Deputados de combate à violência nas escolas vai iniciar os trabalhos nesta quarta-feira (2) e deve concentrar esforços na aprovação do projeto de lei que torna hediondos crimes cometidos no interior de instituições de ensino públicas ou privadas, como:

    • o homicídio,
    • a lesão corporal seguida de morte,
    • e a lesão corporal gravíssima.

    O projeto que está tramitando na Câmara propõe que seja considerado homicídio qualificado aquele cometido no interior de instituições de ensino, estabelecendo uma pena de reclusão de 12 a 30 anos.

    Segundo a proposta, a pena para homicídio cometido em instituições de ensino será ampliada se a vítima for pessoa com deficiência ou com doença que implique o aumento de sua vulnerabilidade. Também será aumentada se o autor for parente, tutor, curador ou empregador da vítima, ou ainda professor ou funcionário da instituição.

    Essas mudanças buscam reconhecer a gravidade desses crimes e seu impacto na comunidade escolar, tratando-os de forma mais rigorosa e enfatizando a necessidade de prevenir e enfrentar a violência nesses espaços

    Trecho do projeto de lei

    O projeto é do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e surgiu a partir de sugestão dos familiares das vítimas do atentado em abril deste ano à creche Cantinho Bom Pastor, que deixou quatro vítimas fatais, em Blumenau (SC).

    A CNN apurou que por conta do ataque à creche a primeira audiência pública do grupo de parlamentares deve acontecer na cidade de Blumenau.

    A reunião desta quarta será apenas entre o presidente do GT, deputado Jorge Goetten (PL-SC), e a relatora, deputada Luísa Canziani (PSD-PR), onde vai ser definido o funcionamento das atividades, os roteiros de audiências pelo Brasil e a periodicidade dos encontros.

    O presidente do GT afirma que após o atentado em Blumenau foram apresentadas mais de 20 propostas para alterar a legislação. “Vamos avaliar esses projetos e debater o que pode ser feito para evitar futuros ataques. Há muitos aspectos que precisamos levar em conta, desde a segurança nas escolas até o cuidado com a saúde mental da nossa população”, enfatiza Gotten.

    No total, o GT é formado por 12 deputados e tem até três meses para concluir os trabalhos, prazo que pode ser prorrogado por mais 90 dias. “Não vamos deixar a pauta cair no esquecimento até um novo ataque acontecer para que tomemos providências”, complementa o presidente do GT.

    VÍDEO – Brasil tem mais de um ataque a escola por mês em 2023