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    ‘Grana com fins políticos acontece aqui’, diz Pazuello em despedida; assista

    Ex-ministro da Saúde afirma que pasta que dirigiu no governo Bolsonaro era foco de pressões políticas

    Da CNN, em São Paulo

    O Ministério da Saúde é “o foco das pressões políticas” e um local onde acontece “a operação de grana com fins políticos”, segundo Eduardo Pazuello, general e agora ex-ministro da pasta, em cerimônia interna de transmissão de poder para o sucessor, Marcelo Queiroga.

    “A operação de grana com fins políticos acontece aqui. Nós conseguimos acabar com 100%? Não vou dizer isso aqui. 100% nem Jesus Cristo”, afirma, prosseguindo que na sua gestão a distribuição de recursos teria seguido critérios técnicos.

    “‘Você não vai aceitar um cara aqui fazendo lobby?’ Não. ‘Não vamos favorecer o partido A, B ou C?’ Não. ‘E o operador do fulano ou beltrano?’ Não”, disse, simulando um diálogo. Ele encerra dizendo que foi alertado que teria problemas com essa postura.

    “É assim que funciona. E isso faz com que as pessoas vivem a vida vendo esse procedimento nos observem com outros olhares. Nós não temos conta bancária alta, carros da classe média, sem avião”, prossegue.

    Teich

    Eduardo Pazuello fez uma referência ao ex-ministro Nelson Teich, que assumiu a Saúde no ano passado e deixou o posto menos de um mês depois. Pazuello foi alocado no Ministério da Saúde inicialmente para ser o secretário-executivo de Teich, assumindo como ministro após o pedido de demissão do médico.

    Ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, durante vídeo de sua cerimônia de desped
    Ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, durante vídeo de sua cerimônia de despedida do ministério (24.mar.2021)
    Foto: CNN Brasil

    “A composição perfeita era o Teich e eu. Um médico e um gestor”, disse, diante de Queiroga e de auxiliares. Ele afirmou que o ex-ministro “não cresceu no cargo”. Nelson Teich pediu demissão do governo Bolsonaro após não concordar com um protocolo de adoção ampla da hidroxicloroquina contra a Covid-19, como defendida o presidente da República então.

    *Publicado por Guilherme Venaglia