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    Governo vê protagonismo de Cappelli como eventual substituto de Dino na Justiça

    Cotado para assumir a pasta com possível indicação de Flávio Dino para o STF, o número 2 da Justiça “inicia” campanha para se viabilizar ao posto, segundo colegas da Esplanada

    Julliana Lopesda CNN , Em Brasília

    Em meio às discussões sobre a crise de segurança pública no Rio de Janeiro, integrantes do governo passaram a avaliar com mais atenção a atuação do secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli.

    Designado para o acompanhamento das investigações sobre o ataque aos médicos ortopedistas no Rio de Janeiro, o nome do número 2 da pasta ganhou força na lista dos prováveis substitutos para a função de Flávio Dino, apurou a CNN.

    O atual ministro sustenta o posto de favorito na corrida pela cadeira deixada por Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF), de acordo com interlocutores do primeiro escalão do governo Lula.

    Vídeo: É preciso seriedade e prudência em investigação de execuções no RJ, diz Cappelli

    Após determinação de Dino, Cappelli deixou o gabinete em Brasília para se dedicar às agendas presenciais com investigadores do caso. Ele também tem participado de conversas com o governador do estado, Cláudio Castro (PL), além de pronunciamentos e coletivas de imprensa sobre o assunto.

    O secretário assumiu ainda o protagonismo nas negociações com autoridades locais de ações de cooperação do governo federal contra o tráfico de drogas.

    Com a possibilidade de abertura de uma vaga na Justiça, Cappelli iniciou uma campanha para se viabilizar ao posto e mostrar trabalho.

    De maneira reservada, integrantes do governo avaliam ainda que o movimento ganhou tração nos últimos dias diante da necessidade de Flávio Dino preservar sua própria imagem.

    O ministro da Justiça foi alvo de críticas recentes, vindas de dentro do próprio governo, por ter demorado a anunciar medidas nacionais para o enfrentamento da onda de violência na Bahia.

    Dino também foi questionado por atrasar a apresentação de um Plano Nacional de Segurança Pública e, após apresentá-lo, por não indicar metas específicas para a área.

    Segundo fontes, ao assumir o lugar de destaque, ao menos no que diz respeito aos assuntos do Rio de Janeiro, Ricardo Cappelli pode despontar como figura capaz de encontrar soluções num cenário de crises e assim, desbancar concorrentes ao posto.

    No páreo estão o secretário Nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho, e o advogado Marco Aurélio de Carvalho, do grupo de juristas “Prerrogativas”.

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