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    Governo vai propor penas mais rigorosas para quem provoca incêndio ambiental

    Segundo Lewandowski, as punições consideradas “brandas” para crimes ambientais são uma reclamação de vários governadores

    Gabriela Boechatda CNN , Brasília

    O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta quinta-feira (3) que o governo vai enviar, ao Congresso Nacional, um projeto de lei que aumente a punição para crimes ambientais, como incêndios intencionais, desmatamento e extração mineral.

    O projeto foi elaborado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e foi enviado para análise da Casa Civil no final de setembro.

    “Nós acabamos de mandar para a Casa Civil e tive notícia ontem de que esse projeto que o Ministério da Justiça elaborou será enviado ao Congresso Nacional”, disse o ministro.

    O ministro afirmou que o projeto estabelece punições mais rigorosas para diversos tipos de crimes ambientais, inclusive incêndios de natureza culposa – que são aqueles acidentais, em que não há a intenção de provocar danos maiores.

    Há ainda a proposta de alteração no regime de cumprimento das penas, que passaria de detenção para reclusão.

    A detenção é aplicada a crimes mais leves e normalmente começa com o cumprimento de pena em regime semiaberto ou aberto. Já a reclusão é estabelecida para crimes mais graves e inicia a pena com regime fechado.

    Outra mudança é a criação de novos tipos e situações em que as penas são agravadas, quando, por exemplo, o crime ambiental fere pessoas, animais e animais em extinção.

    O Governo Federal vem sendo cobrado para o aumento das punições e criticado por uma suposta lentidão em tomar medidas para evitar as queimadas.

    Segundo Lewandowski, as penas consideradas “brandas” para crimes ambientais são uma reclamação de governadores por todo o Brasil.

    “Até aqueles governadores mais conservadores e mais ligados à agroindústria entendem que chegou o momento de estabelecermos penas mais rigorosas para as queimadas não acidentais, porque está atingindo o próprio agronegócio”, afirmou.

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