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    Governo quer reunir setores críticos a Lula em novo Conselhão

    Colegiado federal, que deve ser anunciado na próxima semana, terá cerca de 200 pessoas, com 40% de mulheres

    Basília RodriguesGustavo UribeTainá Falcãoda CNN , Em Brasília

    O governo federal pretende aproveitar o retorno do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, para se aproximar de setores sociais que apoiaram a gestão de Jair Bolsonaro (PL).

    O colegiado federal será formado por cerca de 200 representantes e sua composição deve ser anunciada na próxima semana. A primeira reunião é programada para abril.

    A ideia, segundo interlocutores do Planalto disseram à CNN, é que o Conselhão “rompa com o cercadinho bolsonarista”. Ou seja, que reúna em um mesmo colegiado perfis diferentes da sociedade, tanto afinados com a esquerda como com a direita.

    A lista de convidados, a que a CNN teve acesso, inclui representantes do agronegócio, da indústria, do mercado financeiro e do segmento bancário.

    Na relação, há, por exemplo, representantes de entidades como Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), além de empresas como Nubank, Itaú, BRF, Coteminas, Cosan, BTG, Magazine Luiza, Microsoft, Uber e Huawei.

    Na lista de convidados, mais de 40% são mulheres, em um esforço para contemplar a pauta feminina, apesar de não ter atingido a paridade. A relação também inclui as diferentes regiões do país.

    Além de representantes de segmentos da economia, o governo federal também convidou integrantes do Grupo Prerrogativas, conhecido pela posição contrária à Operação Lava Jato, líderes sindicais, ambientalistas, artistas e trabalhadores de aplicativos de entrega.

    No primeiro mandato de Lula, o colegiado federal era composto de 96 participantes, a maior parte de empresários e sindicalistas.

    O Conselhão chegou a funcionar na gestão de Michel Temer (MDB), após o impeachment de Dilma Rousseff (PT), mas foi extinto no início do governo Jair Bolsonaro (PL). A queixa é de que o colegiado representava custo alto na compra de passagens aéreas.

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