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    Governo Lula exonerou 362 militares do GSI desde a posse

    Afastamentos se intensificaram após sindicâncias e investigações

    Elijonas Maiada CNN , em Brasília

    O governo federal já exonerou 362 militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), responsável pela segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), desde a posse presidencial.

    De acordo com o levantamento do GSI à CNN, as exonerações foram do dia 1º de janeiro até 29 de agosto deste ano.

    A reportagem apurou que o número de afastamentos se intensificou após o 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas em Brasília. Houve depredação e vandalismo ao Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF).

    Por conta dos ataques, militares do GSI se tornaram alvo de investigação, tanto interna quanto da Polícia Federal (PF), além de serem convocados para depoimentos nas CPIs do Congresso Nacional e da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) suspeitos de omissão ou planejamento dos atos.

    Na terça-feira (29), a exoneração mais recente no GSI foi do coronel Carlos Onofre Serejo Luz Sobrinho, que ocupava a função de coordenador-geral de Operações de Segurança Presidencial. O militar é alvo de requerimento de quebras de sigilos na CPMI.

    No começo de agosto, a equipe de Lula exonerou outro militar após o GSI descobrir que ele fazia parte de um grupo no WhatsApp com militares da ativa que defendiam as invasões do 8 de janeiro. A Polícia Federal descobriu esse elo e avisou ao Planalto.

    Desconfiança

    No começo do ano, Lula chegou a acusar “gente das Forças Armadas” de ter sido conivente com a invasão do Palácio do Planalto e afirmou, à época, estar convencido de que as portas da sede do Executivo foram abertas para os golpistas. Ele disse, também, que não poderia ficar “nenhum suspeito de ser bolsonarista raiz” no Palácio.

    Em abril, durante evento no Planalto, Lula declarou que estava “amargurado” com os militares após os ataques de 8 de janeiro, mas não guardava mais rancor.

    “Eu quero dizer para vocês que hoje foi Dia do Exército e todo mundo sabe o quanto eu andava magoado com os militares desse país por conta de tudo que aconteceu. Vim para mostrar que não guardo rancor”.

    Um aceno à ala militar será no desfile cívico do 7 de Setembro. A cerimônia terá amplo destaque para as Forças Armadas, sem polícias Federal, Rodoviária Federal, Civil e Militar do DF.

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