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    Governo federal reconhece estado de emergência em Maceió

    Ministro de Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, confirmou reconhecimento da situação no capital alagoana; governo deverá liberar recursos para auxiliar o município

    Região do Mutange, em Maceió, onde a mina 18 está em processo acelerado de colapsar
    Região do Mutange, em Maceió, onde a mina 18 está em processo acelerado de colapsar GUIDO JR./FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

    Basília Rodrigues

    O ministro de Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, afirmou à CNN  que o governo reconheceu estado de emergência em Maceió em decorrência da crise envolvendo o colapso iminente da mina 18 da Braskem. A partir desse reconhecimento, o governo federal deverá liberar recursos para auxiliar o município.

    Góes está, neste momento, coordenando uma reunião do Sistema Federal de Proteção e Defesa Civil sobre Maceió. O grupo reúne cerca de 50 órgãos federais, locais e também da sociedade civil.

    “Já fizemos agora o reconhecimento sumário da situação de emergência em Maceió”, respondeu à CNN.

    De acordo com o ministro, a Defesa Civil Nacional tem auxiliado os técnicos locais com apoio integral.

    “Começam os desdobramentos. Está diminuindo a aceleração das fissuras, de ontem pra hoje. A gente precisa continuar o monitoramento, fazer previsões”, disse à CNN.

    Risco iminente de colapso

    A Defesa Civil de Maceió afirmou nesta sexta-feira (1º) que a área ao redor da mina 18 da Braskem, que está em risco iminente de colapso, está afundando em uma velocidade de 2,6 centímetros por hora.

    Em nota, o órgão informou estar em “alerta máximo” e que o deslocamento vertical acumulado na área da mina é de 1,42 metro.

    Mais cedo, o prefeito João Henrique Caldas, o JHC (PL), afirmou à CNN que, em alguns momentos, o afundamento chegou a 5 centímetros por hora.

    Segundo comunicado da Defesa Civil, a recomendação é que a população não transite na área desocupada até uma nova orientação, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo.

    A equipe de análise da Defesa Civil ressalta que essas informações são baseadas em dados contínuos, incluindo análises sísmicas. O órgão reitera a recomendação de evitar a área desocupada do antigo campo do CSA por questões de segurança.

    O que diz a empresa

    Em nota divulgada nesta sexta, a Braskem diz que “continua mobilizada e monitorando a situação da mina 18” e “tomando todas as medidas cabíveis para minimização do impacto de possíveis ocorrências”.

    “Os dados atuais de monitoramento demonstram que a acomodação do solo segue concentrada na área dessa mina e que essa acomodação poderá se desenvolver de duas maneiras: um cenário é o de acomodação gradual até a estabilização; o segundo é o de uma possível acomodação abrupta”, acrescenta a companhia.

    A empresa diz ainda que “a área de serviço da Braskem nas proximidades da mina 18 está isolada desde a tarde de terça-feira. Ademais, a região onde está localizada referida mina (área de resguardo) já está totalmente desocupada desde 2020”.

    A Braskem acrescenta que “a extração de sal-gema em Maceió foi totalmente encerrada em maio de 2019, e a Braskem vem adotando as medidas para o fechamento definitivo dos poços de sal, conforme plano apresentado às autoridades e aprovado pela Agência Nacional de Mineração (ANM). Esse plano registra 70% de avanço nas ações, e a conclusão dos trabalhos está prevista para meados de 2025”.