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    Governo estuda decreto para manter segurança de Janja com Polícia Federal

    Na semana passada, Lula definiu que militares do Gabinete de Segurança Institucional voltam ao comando da proteção pessoal presidencial e de familiares

    Elijonas Maiada CNN , em Brasília

    O Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Polícia Federal (PF) desenham um decreto para manter a segurança da primeira-dama, Rosângela da Silva, sob o controle de policiais. Se aprovada, a mudança deixaria os militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de fora da proteção pessoal de Janja.

    O texto, que ainda está em fase de elaboração, será enviado ao Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos. A CNN apurou que a proposta prevê a criação de uma estrutura dentro da própria corporação para atender Janja quando necessário.

    O pedido para a manutenção da equipe da segurança imediata teria partido da própria primeira-dama. Em reuniões, Janja manifestou desconforto com as atividades do GSI após o 8 de janeiro, quando militares foram flagrados em imagens reveladas pela CNN interagindo com invasores do Palácio do Planalto.

    As imagens levaram à exoneração do então chefe do GSI, general Gonçalves Dias, e seus subordinados.

    Outro motivo para a mudança articulada por Janja seria o baixo efetivo de mulheres militares no GSI. Desde o início do governo, a primeira-dama tem sido escoltada por uma equipe feminina de agentes.

    Definição de Lula

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu que a segurança presidencial será uma atribuição conjunta de militares, policiais federais e outros agentes de segurança pública, todos sob o comando do GSI.

    A CNN apurou, no entanto, que muitos detalhes desse modelo ainda não foram fechados, como coordenação de segurança em eventos, viagens e cerimônias.

    A segurança do presidente e do vice-presidente deixou de ser feita exclusivamente por militares e passou a ser realizada majoritariamente por policiais federais subordinados à Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata do Presidente da República no começo do ano com prazo para acabar, e desde então a cúpula da Polícia Federal trabalhava para manter a Sesp, chefiada por um delegado da PF, na segurança imediata do presidente.

    Procurado pela CNN para comentário oficial, o gabinete da primeira-dama informou que não comenta questões de segurança.

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