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    Governo enviará projeto pedindo mais dinheiro para ações na Amazônia, diz Mourão

    Vice-presidente reafirma a senadores compromisso contra o desmatamento e afirma que ações na região são complexas

    Larissa Rodrigues, da CNN em Brasília

    O vice-presidente da República Hamilton Mourão (PRTB) afirmou na tarde desta terça-feira (14) que o ministro da Economia, Paulo Guedes, vai enviar, ainda esta semana, um projeto ao Congresso Nacional solicitando crédito extraordinário para que a operação Verde Brasil 2 permaneça até o fim do ano na Amazônia.

    A fala do vice aconteceu durante uma audiência pública no Senado Federal. A prorrogação da Verde Brasil 2 até 6 de novembro foi decretada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no último dia 10, mas ainda carece de recursos. Caso vá de fato até o final de 2020, para além da atual data, será necessária uma nova prorrogação.

    Hamilton Mourão afirmou, no entanto, que a utilização dos militares precisará ser encerrada em algum momento. “Nós não podemos continuar dependendo eternamente das Forças Armadas, GLO não pode ser para sempre”, completou.

    GLO é a sigla para decretos de Garantia da Lei e da Ordem, que permitem que as Forças Armadas intervenham de forma extraordinária para ações preventivas e ostensivas — no caso, contra crimes na Amazônia.

    Audiência

    Mourão falou a senadores após um convite da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), coordenadora da Frente Parlamentar Ambientalista. Além da substituição eventual de Bolsonaro, o vice-presidente também comanda o Conselho da Amazônia.

    Os parlamentares querem que Mourão explique o alto índice de desmatamento e os focos de incêndio na Amazônia. “Questões ambientais não têm coloração ideológica, nosso partido aqui é o Brasil, aqui nós somos o Partido Verde, o Partido Amazônia”, afirmou o vice-presidente ao ser questionado sobre as ações de preservação ambiental do Governo Federal.

    O vice-presidente pediu ainda “atenção especial” dos parlamentares ao PL 2.633, que dispõe sobre a regularização fundiária em terras da União.

    “O conselho tem conversado com classe políticas, empresários, produtores, investidores estrangeiros para ter a cooperação necessária para juntos com medidas efetivas mudar a imagem do Brasil no exterior. Proteger e preservar a Amazônia é desenvolver o Brasil”, completou. 

    Mourão ainda afirmou que a Constituição Federal prevê a possibilidade de exploração de terras indígenas, desde que o Congresso Nacional autorize. “Mandamos um projeto e isso tem de ser discutido, ouvindo os representantes indígenas. Os garimpos nas terras indígenas já vêm há muito tempo. Tem falácia falando que tem 20 mil garimpeiros lá nos ianomâmi e isso não existe”, afirma.

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    “Não é como tirar camelô da Avenida Presidente Vargas, é uma operação que tem de ser calculada. Garimpo na Amazônia não se resolve só com repressão. A hora que for dada a ordem para a retirada isso será realizado”, explicou.

    Presidência

    Alguns parlamentares questionaram o vice-presidente se ele estaria preparado para assumir a presidência da República, caso fosse preciso.

    Mourão desconversou: “Presidência, pergunta complicada, se eu respondo sim ele [o presidente Jair Bolsonaro] vai falar que está de olho no meu cargo, se respondo não vocês vão pensar que não tem ninguém para substituir o presidente. Prefiro deixar que vocês tirem suas conclusões se estou preparado ou se vou para o lixo há história”, afirmou.

     

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