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    Governo aceitou cronograma para emendas, mas demora provoca irritação na base, diz fonte

    Compromisso foi firmado em reunião na Secretaria de Relações Institucionais, mas até o momento Planalto não apresentou plano para liberação de recursos

    Esplanada dos Ministérios com o Congresso Nacional ao fundo, em Brasília
    Esplanada dos Ministérios com o Congresso Nacional ao fundo, em Brasília 07/04/2010 - Reuters/Ricardo Moraes

    Clarissa Oliveirada CNN

    São Paulo

    Em uma reunião realizada ainda no início do mês na Secretaria de Relações Institucionais antes do Carnaval, o governo indicou que estaria disposto a aceitar a ideia de fixar um cronograma de liberação de emendas parlamentares, disse à CNN um líder envolvido diretamente nas negociações.

    A medida é parte do esforço para tentar acalmar as insatisfações no Congresso após o veto do presidente que cortou mais de R$ 5,6 bilhões nas chamadas emendas de comissão.

    Até agora, entretanto, a articulação política ainda não apresentou um roteiro concreto nem mesmo aos líderes mais próximos de Lula, contribuindo para alimentar o clima de insatisfação na base.

    “Garantiram que esse cronograma seria apresentado e até agora nada. Se a Secretaria de Relações Institucionais fica parada, fica difícil resolver esse impasse”, disse a fonte à CNN.

    A crise sobre as emendas parlamentares será o principal foco das negociações do governo com o Congresso nos próximos dias.

    Como informou mais cedo a CNN, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), comprometeu-se a ajudar o governo a acalmar os ânimos na Casa, após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) antes do feriado.

    A definição de um cronograma de emendas é uma das principais cobranças do Congresso e chegou a ser incluído na lei orçamentária deste ano, pelo relator Danilo Forte (União-CE).

    Os parlamentares querem reduzir a capacidade do governo de utilizar as emendas para negociar no varejo a aprovação de projetos estratégicos para o Planalto com base na liberação das emendas parlamentares. A ideia foi vetada pelo presidente, aumentando ainda mais a insatisfação dos congressistas.