Governadores repercutem pronunciamento de Bolsonaro: ‘Estarrecedor’
João Doria, Wilson Witzel, Flávio Dino e outros comentaram nas redes sociais as declarações do presidente da República


Governadores comentaram nas redes sociais o pronunciamento do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), na tarde desta sexta-feira (24).
Durante a fala, Bolsonaro acusou Moro de condicionar sua permanência no governo a uma indicação ao STF (Supremo Tribunal Federal) e falou de temas que foram do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco às acusações de que a mãe da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, teria cometido falsidade ideológica.
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“Estarrecedor”, classificou João Doria (PSDB-SP). “Tentou justificar o injustificável. Atacou Sérgio Moro, falou coisas desconexas e flertou com o autoritarismo.”
Estarrecedor o pronunciamento de Jair Bolsonaro. Tentou justificar o injustificável. Atacou Sérgio Moro, falou coisas desconexas e flertou com o autoritarismo.
— João Doria (@jdoriajr) April 24, 2020
Wilson Witzel (PSC-RJ) também se manifestou e disse que, após assistir ao anúncio, ficou com uma dúvida: “Por que o presidente quer um diretor da Polícia Federal com quem possa interagir?”, disse.
Após assistir ao pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro, permanece a dúvida dos brasileiros: por que o presidente quer um diretor da Polícia Federal com quem possa interagir?
— Wilson Witzel (@wilsonwitzel) April 24, 2020
Flavio Dino (PCB-MA) descreveu a fala como “uma das mais confusas já vistas no país”. Ele partilha da dúvida de Wilson Witzel, perguntando a razão pela qual o presidente pediria para interferir em investigações criminais.
Um dos mais confusos pronunciamentos presidenciais já vistos no país. E a questão substantiva é: por que pedir para interferir em investigações criminais ? Por que pedir informações de inteligência da Polícia Federal ?
— Flávio Dino ???? (@FlavioDino) April 24, 2020
Camilo Santana (PT-CE) publicou que a blindagem de órgãos de investigação e controle contra interferência política é imprescindível em uma democracia.
Mais grave que a mudança no Min da Justiça, são os fatores alegados pelo ministro para essa mudança. Órgãos de controle e investigação como a Polícia Federal, devem estar blindados de interferências políticas e atuar sempre com autonomia e isenção, imprescindíveis numa democracia
— CamiloSantana (@CamiloSantanaCE) April 24, 2020
O governador mineiro Romeu Zema (Novo) não falou diretamente, mas aludiu ao caso dizendo que sempre prezou pela autonomia da Polícia Civil em seu estado. “Muito triste a situação por que passa o Brasil hoje”, escreveu.
Muito triste a situação por que passa o Brasil hoje. A independência das instituições é essencial à democracia. Elas precisam ser fortes, livres de qualquer tipo de pressão. Em Minas, sempre prezei pela autonomia da Polícia Civil.
— Romeu Zema (@RomeuZema) April 25, 2020