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    Governadores da oposição não vão a evento do 8/1

    Convite ainda não foi feito formalmente, mas muito deles já estão alegando férias e outros compromissos pessoais

    Jussara SoaresRaquel Landimda CNN

    Governadores ligados à oposição não vão comparecer ao evento para relembrar os ataques do 8/1 em Brasília. O convite ainda não foi feito formalmente, mas muito deles já estão alegando férias e outros compromissos pessoais.

    O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, não vai comparecer. Ele está de férias na Europa e estará em trânsito no dia 8/1, só retornando a São Paulo no dia 9/1. A CNN conversou com o governador.

    O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, também não estará presente. A partir do dia 6/1, ele estará internado para fazer um check-up do primeiro ano de sua cirurgia cardíaca, também conforme o próprio Caiado.

    Romeu Zema, governador de Minas Gerais, está de férias e sua presença é incerta, conforme a assessoria de imprensa do governo estadual. Ele teria que interromper o recesso, mas ainda não há decisão sobre o assunto.

    Os governadores do Rio de Janeiro, Claudio Castro, e do Paraná, Ratinho Junior, ainda são incertezas. O governador de Santa Catarina, Jorginho de Mello, um dos mais próximos a Jair Bolsonaro, também não deve estar presente.

    O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, que chegou a ser investigado pelos ataques golpistas, já havia informado que não compareceria.

    Tarcisio de Freitas é frequentemente criticado por bolsonaristas por aparecer ao lado de Lula, como no lançamento do PAC, no qual São Paulo tem obras importantes. Os eventos escolhidos por ele, no entanto, tem sempre um caráter prático para o Estado.

    Segundo analistas ouvidos pela CNN, a oposição vai evitar o evento do 8/1 por causa da proximidade das eleições municipais que acontecem em outubro no ano que vem. O custo político de comparecer é alto.

    Enquanto o governo adota o discurso de que as comemorações são suprapartidárias em defesa da democracia para que esses ataques nunca mais se repitam, a oposição enxerga como uma promoção do próprio Lula e de sua gestão por causa da polarização da sociedade.

    Inicialmente o Palácio do Planalto havia planejado um ato de Lula subindo a rampa ao lado dos governadores, repetindo o gesto que ficou famoso na crise do ano passado, mas teria desistido.

    A ideia agora é acompanhar o evento que vai ocorrer no Senado. Não está 100% descartado, porém, alguma solenidade no Planalto