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    Governador de São Paulo defende reforma trabalhista

    João Doria criticou liderança do PT por defender revogação da reforma e chamou proposta petista de "pacote do atraso"

    Bruna MacedoTiago Tortellada CNN

    O governador do estado de São Paulo, João Doria (PSDB), defendeu a reforma trabalhista e criticou a postura da liderança do Partido dos Trabalhadores (PT) de apoiar a revogação da lei. De acordo com o político, esse movimento criaria desconfiança nos investidores e geraria insegurança jurídica.

    Na terça-feira (4), a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, defendeu a revogação da reforma trabalhista, e o ex-presidente Lula disse que os brasileiros devem “acompanhar de perto” a reforma promovida pelo presidente da Espanha, Pedro Sanchez.

    O ex-ministro da Fazenda durante governos petistas Guido Mantega também criticou a reforma trabalhista e a existência do teto de gastos, em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo. Na publicação, Mantega diz que a reforma “reduziu direitos e salários”, enquanto o teto “produziu inúmeras distorções na gestão orçamentária”.

    Em nota divulgada nesta sexta-feira (7), Doria afirma que o PT “entrou em 2022 olhando o retrovisor”, e que o partido quer revogar as reformas que ajudaram o Brasil a sair da recessão após o governo Dilma.

    “O emprego não voltará ressuscitando leis ultrapassadas, mas sim com crescimento econômico. E para ter crescimento, precisamos de investimento. E para, termos investidores precisamos ter confiança e segurança jurídica. Revogar as reformas é fazer o contrário: criar desconfiança nos investidores e gerar insegurança jurídica”, pontuou o governador.

    Doria chamou o movimento petista de “pacote do atraso”, defendeu as privatizações e afirmou que mais reformas devem ser feitas.

    Por fim, o político disse que pediu um estudo para o time de economistas que auxilia o governo paulista – que será divulgado “nos próximos dias” -, e concluiu afirmando que “o Brasil tem jeito, mas esse jeito não é o do PT.

    Insegurança Institucional

    Mais cedo, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (sem partido – RJ) afirmou, em entrevista à CNN, que todos os direitos fundamentais dos trabalhadores foram mantidos com a reforma trabalhista de 2017, e que qualquer discussão para revogação de leis deve ser discutida com cautela para não causar “insegurança institucional”.

    “Na modernização das leis trabalhistas, apenas modificamos leis, não a Constituição, então os direitos fundamentais dos trabalhadores foram mantidos, como férias, descanso semanal, licença-maternidade, FGTS entre outros”, disse Maia.

    “Ficar discutindo revogação de lei só vai gerar insegurança institucional para o processo eleitoral, e, se o presidente Lula for realmente eleito, até no próprio início de governo”, colocou.