Golpes pelo WhatsApp: grupo usava fotos de senador, presidente do PL e ministros de Lula
Criminosos foram alvo de operação da Polícia Civil do DF nesta quarta-feira
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Um grupo que agia aplicando golpes na internet usava fotos de políticos para persuadir vítimas. Os criminosos foram alvo de uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal nesta quarta-feira (5).
A CNN apurou que o grupo usava fotos de políticos de renome, como o senador Jaques Wagner (PT-BA); o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e os ministros Carlos Lupi (Previdência), Carlos Fávaro (Agricultura), Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social) e Camilo Santana (Educação).
A Polícia Civil do DF reforça que os políticos não fazem parte do grupo. São considerados vítimas por terem tido fotos usadas por golpistas.
O esquema funcionava da seguinte forma: os investigados criavam falsos perfis no aplicativo de mensagens WhatsApp, colocavam fotos dos políticos e, mediante
fraude, persuadiam as vítimas, em sua maioria representantes de órgãos do governo ligados à pasta ministerial, a transferirem valores. A investigação aponta que os valores eram pulverizados para outras contas, no intuito de ocultar a origem ilícita do dinheiro.
A investigação é da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos do DF, batizada de “Shark Attack” – “ataque de Tubarão”. Nesta quarta, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em Pernambuco. Durante as buscas, o delegado Tell Marzal conta à CNN que constataram que os criminosos agiram a partir de uma central de distribuição de sinal de internet clandestina localizada em uma comunidade no Bairro de Piedade – Jaboatão dos Guararapes/PE.
“A referida central de distribuição de sinal de internet clandestina/pirata foi utilizada ativamente para criar perfis falsos de vários ministros de Estado do Governo passado e do atual Governo”, contou o investigador.
A Polícia Civil aponta que foram apreendidos diversos equipamentos de informática ligados à referida central de distribuição de sinal de internet clandestina.
Nesta ação, ninguém foi preso. Segundo a PCDF, os investigados foram indiciados e vão responder pela prática dos crimes de associação criminosa, falsa identidade, estelionato qualificado e lavagem de capitais, com pena de até 22 anos de prisão, se condenados.