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    Golpes pelo WhatsApp: grupo usava fotos de senador, presidente do PL e ministros de Lula

    Criminosos foram alvo de operação da Polícia Civil do DF nesta quarta-feira

    Foto ilustrativa com o logotipo do Whatsapp
    Foto ilustrativa com o logotipo do Whatsapp 21/01/2023REUTERS/Dado Ruvic/Foto ilustrativa

    Elijonas Maiada CNN

    Brasília

    Um grupo que agia aplicando golpes na internet usava fotos de políticos para persuadir vítimas. Os criminosos foram alvo de uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal nesta quarta-feira (5).

    A CNN apurou que o grupo usava fotos de políticos de renome, como o senador Jaques Wagner (PT-BA); o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e os ministros Carlos Lupi (Previdência), Carlos Fávaro (Agricultura), Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social) e Camilo Santana (Educação).

    A Polícia Civil do DF reforça que os políticos não fazem parte do grupo. São considerados vítimas por terem tido fotos usadas por golpistas.

    O esquema funcionava da seguinte forma: os investigados criavam falsos perfis no aplicativo de mensagens WhatsApp, colocavam fotos dos políticos e, mediante
    fraude, persuadiam as vítimas, em sua maioria representantes de órgãos do governo ligados à pasta ministerial, a transferirem valores. A investigação aponta que os valores eram pulverizados para outras contas, no intuito de ocultar a origem ilícita do dinheiro.

    A investigação é da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos do DF, batizada de “Shark Attack” – “ataque de Tubarão”. Nesta quarta, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em Pernambuco. Durante as buscas, o delegado Tell Marzal conta à CNN que constataram que os criminosos agiram a partir de uma central de distribuição de sinal de internet clandestina localizada em uma comunidade no Bairro de Piedade – Jaboatão dos Guararapes/PE.

    “A referida central de distribuição de sinal de internet clandestina/pirata foi utilizada ativamente para criar perfis falsos de vários ministros de Estado do Governo passado e do atual Governo”, contou o investigador.

    A Polícia Civil aponta que foram apreendidos diversos equipamentos de informática ligados à referida central de distribuição de sinal de internet clandestina.

    Nesta ação, ninguém foi preso. Segundo a PCDF, os investigados foram indiciados e vão responder pela prática dos crimes de associação criminosa, falsa identidade, estelionato qualificado e lavagem de capitais, com pena de até 22 anos de prisão, se condenados.