Gestão de Lira flertou com extrema direita, segundo Pastor Henrique Vieira
Candidato à presidência da Câmara pelo PSOL criticou o orçamento secreto e as emendas parlamentares em conversa à CNN


O candidato à Presidência da Câmara, deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), disse, à CNN, que o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), fez uma gestão baseada em flertes com as pautas da extrema direita e chantagens ao governo federal.
“O Arthur Lira representa aquela política de caráter muito personalista, com viés autoritário, flertando o tempo inteiro com as pautas de extrema direita e, de maneira conveniente e fisiológica, chantageando o governo. Uma mescla de coronelismo com ausência de democracia”, declarou.
O deputado, que manteve a candidatura mesmo com o favoritismo de Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que a posição do PSOL é muito importante para a defesa da democracia e o enfrentamento à extrema direita.
Vieira também teceu críticas ao orçamento secreto e às emendas parlamentares.
“É importante uma candidatura que possa dizer à sociedade que o orçamento secreto não foi superado, ele foi repaginado. Nós precisamos disciplinar a aplicação das emendas parlamentares, porque, do jeito que está hoje, sequestra o orçamento do poder executivo por um lado e é margem para a corrupção do outro”, disse.
O parlamentar destacou não ser contra as emendas ao orçamento, mas que elas precisam ter controle externo e transparência.
“O jeito que acontece hoje é obscuro, não tem critérios objetivos. O que acontece hoje no Brasil é uma espécie de semipresidencialismo informal, tirando recursos do poder executivo e pulverizando entre o presidente da Casa e seus aliados, de forma no mínimo obscura e escandalosa”, completou.
*Sob supervisão de Ronald Johnston