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    General Heleno nega ter participado de reunião para discutir plano de golpe

    Em delação à PF, Mauro Cid disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniu com Aeronáutica, Exército e Marinha para articular golpe; ex-GSI diz nunca ter participado de encontro do tipo

    Da CNN

    São Paulo

    Ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Jair Bolsonaro (PL), o general Augusto Heleno negou ter participado de reunião para articular um golpe de Estado.

    Questionado pelo âncora da CNN Gustavo Uribe, Heleno afirmou que, em sua presença, “não houve nenhuma reunião” com esse teor.

    Em delação premiada, o tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens do ex-presidente, disse à Polícia Federal que Bolsonaro se reuniu com os comandos do Exército, da Marinha e da Aeronáutica para discutir detalhes de um plano para não deixar o poder ao final de seu mandato.

    O encontro teria ocorrido após as eleições do ano passado, em que ele foi derrotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    O general é um aliado próximo de Bolsonaro e trabalhou no Palácio do Planalto durante todo o mandato do ex-presidente.

    O que dizem as defesas?

    Em nota, a defesa de Mauro Cid cita as matérias da imprensa sobre “possíveis reuniões com a cúpula militar para avaliar golpe no país” e afirma que “não tem os referidos depoimentos, que são sigilosos, e por essa mesma razão não confirma seu conteúdo”.

    Os advogados de defesa de Jair Bolsonaro (PL) emitiram um comunicado alegando que o ex-presidente “jamais compactuou” com qualquer movimento ilegal. Eles afirmam que o ex-presidente “durante todo o seu governo jamais compactuou com qualquer movimento ou projeto que não tivesse respaldo em lei, ou seja, sempre jogou dentro das quatro linhas da Constituição Federal”.

    A defesa ainda alega que Bolsonaro “jamais tomou qualquer atitude que afrontasse os limites e garantias estabelecidas pela Constituição e, via de efeito, o Estado Democrático de Direito”.

    Por fim, os advogados afirmaram que vão adotar “medidas judiciais cabíveis contra toda e qualquer manifestação caluniosa, que porventura extrapolem o conteúdo de uma colaboração que corre em segredo de Justiça, e que a defesa sequer ainda teve acesso”.

    Marinha do Brasil divulgou uma nota à imprensa esclarecendo que “não teve acesso ao conteúdo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid” e “não se manifesta sobre processos investigatórios em curso no âmbito do Poder Judiciário”.

    No comunicado, a Marinha ainda reafirma que “pauta sua conduta pela fiel observância da legislação, valores éticos e transparência”. E reitera que “eventuais atos e opiniões individuais não representam o posicionamento oficial da Força e que permanece à disposição da justiça para contribuir integralmente com as investigações”.

    CNN também entrou em contato com Exército e Aeronáutica, mas ainda não teve retorno.

    *Publicado por Leonardo Rodrigues