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    General Freire Gomes é esperado na PF para prestar depoimento sobre tentativa de golpe

    Ex-comandante do Exército não aderiu à ideia de uma tentativa de golpe de Estado e foi chamado de “cagão” pelo general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, segundo a PF

    Depoimento de Freire Gomes está previsto para o período da tarde, mas ainda não há horário definido
    Depoimento de Freire Gomes está previsto para o período da tarde, mas ainda não há horário definido 1º Sgt Sionir/Exército Brasileiro

    Da CNN

    São Paulo

    O general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, é esperado nesta sexta-feira (1º) para depor à Polícia Federal sobre a suposta trama golpista envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e militares.

    A oitiva está prevista para o período da tarde; o horário exato não foi divulgado até o momento.

    Freire Gomes estava na Espanha, onde moram os familiares, mas providenciou retorno ao Brasil para prestar os esclarecimentos à PF.

    Interlocutores dizem que o general está disposto a responder todos os questionamentos dos investigadores.

    O que aponta o relatório da PF?

    Um relatório da PF aponta que Freire Gomes não aderiu à ideia de uma tentativa de golpe de Estado e foi chamado de “cagão” pelo general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, e vice de Bolsonaro na disputa pela reeleição.

    Em depoimento à PF na semana passada, o general Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira confirmou que se reuniu com Bolsonaro em 9 de dezembro de 2022 a pedido do então comandante Freire Gomes.

    A PF aponta que, nesse encontro, no Palácio da Alvorada, teria sido discutido um plano de golpe de Estado.

    Teophilo, na época à frente do Comando de Operações Terrestres (Coter), seria o responsável por acionar militares das Forças Especiais, os chamados “kids pretos”, para garantir a concretização do golpe, caso isso fosse decidido.

    Aliados de Freire Gomes minimizam o depoimento de Teophilo e afirmam que nenhum general se reúne com o presidente da República sem conhecimento do comandante da Força.

    Já bolsonaristas afirmam que o Exército está agindo para blindar Freire Gomes nas investigações sobre a tentativa de golpe.

    Quem é o general Freire Gomes

    Marco Antônio Freire Gomes nasceu em 31 de julho de 1957, na cidade de Pirassununga, no interior de São Paulo. É filho do coronel de Cavalaria do Exército Francisco Valdir Gomes.

    Foi estudante dos colégios militares do Rio de Janeiro e de Fortaleza. Ingressou na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), em Resende (RJ), no ano de 1977. Se formou em 1980, sendo declarado aspirante a oficial da Cavalaria.

    Como oficial, foi:

    • chefe da Divisão de Operações e da Divisão de Inteligência do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
    • chefe do Serviço Militar Regional do Comando da 11ª Região Militar, em Brasília;
    • adido militar de Defesa e do Exército junto à Embaixada do Brasil na Espanha;
    • chefe da Seção de Doutrina e Assistente da 3ª Subchefia do Estado-Maior do Exército, em Brasília;
    • oficial do Estado-Maior Conjunto do Ministério da Defesa.

    No generalato, esteve nos cargos de comandante da Brigada de Operações Especiais e do Comando de Operações Especiais, em Goiânia; 1º Subchefe do Comando de Operações Terrestres (Coter), em Brasília; comandante da 10ª Região Militar, em Fortaleza; secretário-executivo do GSI; comandante militar do Nordeste, em Recife; e comandante de Operações Terrestres, em Brasília.

    Entre março e dezembro de 2022, Freire Gomes foi comandante do Exército Brasileiro.

    *Publicado por Douglas Porto, com informações de Jussara Soares