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    Generais e militares desta geração que está na Esplanada têm trauma de 1964

    Demissão foi informada ao ministro da Defesa; analistas da CNN avaliam o cenário

    Da CNN, em São Paulo

    A relação entre o governo federal e as Forças Armadas ficou sob os holofotes depois da saída do então ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e dos chefes de Exército, Marinha e Aeronáutica. Os analistas da CNN Caio Junqueira, Fernando Molica e Renata Agostini avaliam o clima e que muda a partir de agora.

    “Existe um desconforto nas Forças Armadas a partir da maneira que Bolsonaro fez essa troca, isso ficou muito evidente para todos os envolvidos. Não só pela forma como as reuniões foram conduzidas como pelas manifestações de saída dos comandantes. Eles queriam que todos soubessem que não se trata de uma saída tranquila”, avalia Renata. 

    “Esse trauma gerado pela demissão do ministro da Defesa e a demissão determinada pelo presidente dos três comandantes precisa ser superado. A tendência é que seja respeitado o critério de antiguidade na elaboração das listas de Exército, Marinha e Aeronáutica. Furar essa fila não seria bom para o presidente”, diz Molica, sobre a sucessão nesses setores.

    “Não há, segundo fontes e interlocutores próximos do presidente, qualquer interesse de ruptura institucional, de dar um golpe de estado. As Forças Armadas não querem se misturar com qualquer coisa relacionada a política e governo, não vão entrar nessa. O recado claro dentro do Palácio do Planalto é que há um trauma grande entre os generais e os militares dessa geração que está na Esplanada com 1964 e não há interesse e intenção de repetir o que aconteceu”, explica Junqueira.

    Bolsonaro: forças armadas devem se manter apartidárias
    Foto: Reprodução / CNN

     

     

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