G20 é o “evento mais importante em que o Brasil está metido”, afirma Lula
País receberá a presidência da Índia nas próximas semanas e, em dezembro de 2024, entrega a liderança para a África do Sul
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), instalou nesta quinta-feira (23) a comissão que vai coordenar a presidência do Brasil no G20. O país assume a liderança do bloco no dia 1º de dezembro e prepara uma série de eventos e atividades que culminam na cúpula do G20, em novembro de 2024, no Rio de Janeiro.
O Brasil vai receber a presidência da Índia nas próximas semanas e, em dezembro de 2024, entrega a liderança para a África do Sul.
Na abertura da reunião com ministros, Lula afirmou que o G20 é o evento mais importante que o Brasil está envolvido. Ressaltou que o país não tem experiência, mas vai aprender com quem já fez anteriormente. O presidente também cobrou envolvimento pleno dos ministros nos trabalhos do calendário.
“Significa que vocês vão ter que trabalhar mais do que já estão trabalhando, se virar em dois ou em duas pra atender as necessidades da organização do G20 e para que a gente não possa deixar a peteca cair”, afirmou.
Lula destacou ainda as inovações da presidência brasileira do G20, como a organização do G20 Social, fórum de participação para incluir a contribuição da sociedade civil nas discussões e formulações de políticas relacionadas à Cúpula.
O presidente disse esperar reunir a sociedade “sem veto a nenhum segmento, para construir propostas e ter algo concreto a dizer ao povo brasileiro e ao mundo, algo que a gente possa mudar”.
Força-tarefa
A Presidência brasileira também marca a criação de duas forças-tarefa, intituladas “Para o Lançamento de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza” e “Para a Mobilização Global contra a Mudança do Clima”, além de uma iniciativa sobre Bioeconomia.
Lula informou que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), deve organizar um encontro de mulheres parlamentares durante o G20.
O ministro das Relações Exteriores, embaixador Mauro Vieira, descreveu o calendário das atividades ligadas ao G20. A linha do tempo está dividida em três fases: a primeira, em janeiro e fevereiro de 2024, inclui reuniões por videoconferência dos 15 grupos de trabalho da Trilha de Sherpas.
A segunda, entre março e julho de 2024, abrange reuniões técnicas presenciais em vários lugares do Brasil.
A terceira, entre agosto e outubro do ano que vem, inclui reuniões ministeriais presenciais, também em cidades brasileiras.
“Se o ano de 2023 marcou o retorno do Brasil ao mundo, 2024 será o ano em que o mundo voltará ao Brasil”, afirmou o chanceler brasileiro.
Sobre a comissão
A comissão para a coordenação da presidência do G20 foi criada por decreto e é formada por 39 entidades, incluindo ministérios, secretarias e o Banco Central. Os ministérios da Fazenda e das Relações Exteriores copresidem a comissão.
O grupo vai supervisionar mais de 100 eventos no período da presidência, incluindo reuniões de grupos de trabalho e forças-tarefa, em nível técnico e ministerial, remotas e presenciais, em diferentes cidades nas cinco regiões do Brasil.
