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    “Força policial não pode ser violenta”, diz Lewandowski após abordagens policiais letais

    Ministro anunciou que pasta estuda um ato normativo para instruir as corporações policiais sobre um “uso progressivo da força”

    Gabbriela VerasGabriela Boechatda CNN , Brasília

    O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse nesta quinta-feira (5) que o Ministério acompanha com grande preocupação o avanço dos episódios de violência policial registrados no país.

    Segundo ele, a Pasta estuda um ato normativo para instruir as corporações policiais sobre um “uso progressivo da força”.

    O ministro deu a declaração na abertura de uma reunião do Conselho Nacional de Segurança Pública e Defesa Social, no Palácio da Justiça.

    O posicionamento se dá depois que casos de violência policial ganharam repercussão nos últimos dias, como o homem que foi jogado de uma ponte, em São Paulo; o militar que atirou nas costas de um homem após ele furtar sabão em mercado da capital paulista; e o mototaxista morto após discussão com um policial militar, que se recusava a pagar uma corrida de R$ 7 em Pernambuco.

    “Temos grande confiança nas corporações policiais, sejam elas militares ou civis, mas não podemos compactuar com esses casos e esperamos – temos certeza até – que são isolados. São casos contra civis, pessoas que são muitas vezes meros suspeitos que são encontrados nas ruas e são vítimas de uma violência absolutamente injustificada”, disse o ministro.

    Lewandowski anunciou que o Ministério estuda um ato normativo para instruir as instituições de segurança pública sobre o uso progressivo da força. Segundo ele, o documento será feito com diálogo para que haja comum acordo sobre o conteúdo.

    O uso progressivo da força estabelece que as abordagens policiais devem começar sempre de forma branda e o uso de armas letais acontece somente em último caso, quando há alto risco para a segurança dos policiais e de civis.

    “A segurança não é só sobre a ação dos malfeitores, mas também a segurança dos cidadãos contra excessos do próprio estado. Então, é uma questão que nos preocupa. Uma polícia verdadeiramente democrática, que quer garantir a segurança dos cidadãos, não pode praticar violência”, defendeu.

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