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    Flávio Bolsonaro pede que seguidores divulguem mensagem ‘Nossa arma é a vacina’

    Pedido foi feito em grupo do parlamentar no Telegram. Pouco depois, ele divulgou a imagem em seu perfil no Twitter

    Daniel Fernandes, da CNN, em São Paulo

    Pouco depois das fortes críticas feitas pelo ex-presidente Lula (PT) sobre a condução da pandemia, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos -RJ) pediu que os cerca de 55 mil seguidores que o acompanham em um grupo no aplicativo Telegram compartilhassem e ajudassem a viralizar uma imagem do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), pai do parlamentar, com a frase “nossa arma é a vacina”.

    O pedido foi feito no grupo por volta das 14h desta quarta-feira (10), pouco depois do pronunciamento de Lula, que defendeu medidas contra Covid-19 e disse que irá se vacinar. Quase duas horas depois, Flávio divulgou a mensagem também em seu perfil no Twitter. 

    Flávio Bolsonaro divulgou imagem defendendo a vacinação no país
    Flávio Bolsonaro divulgou imagem defendendo a vacinação no país
    Foto: Twitter/Reprodução

    Mudança de postura

    O posicionamento de Bolsonaro pró-vacina é bastante diferente do apresentado pelo presidente ao longo do último ano. O chefe do Executivo chegou a criticar o uso da Coronavac, de origem chinesa, e se mostrou defensor de medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19, como a hidroxicloroquina e a ivermectina, por exemplo. 

    Em meio ao agravamento da Covid-19 no país, Bolsonaro afirmou, no último dia 4, que o Brasil precisa “enfrentar os problemas”, e classificou a pandemia como “mimimi” e “frescura”.

    Segundo o colunista da CNN Caio Junqueira, as declarações do presidente geraram preocupação no seu entorno e ampliaram a pressão para que haja um redirecionamento no seu discurso. Militares e Centrão estariam à frente desse processo.

    Auxiliares próximos a ele consideraram a fala “péssima” e concluíram que o foco agora do discurso presidencial tem que ser as vacinas. Isso implicaria tanto no presidente defendê-las com mais vigor como também avaliar a possibilidade de ele mesmo se vacinar, algo que sempre relutou.