Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Flávio Bolsonaro sobre Eduardo: Fica nos EUA para evitar o “alexandrismo”

    Senador disse que o irmão tomou a decisão correta ao se licenciar temporariamente do cargo de deputado federal

    Alice Grothda CNN*Manoela Carluccida CNN , Brasília e São Paulo

    O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse, nesta terça-feira (18), que o irmão, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), entendeu que seria importante se licenciar temporariamente do cargo e ficar nos Estados Unidos para não “ser mais uma vítima do alexandrismo”, em referência ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

    “Imagino a decisão difícil que foi, […] mas ele entendeu que seria importante ele ficar lá e não correr o risco de voltar para cá e ser mais uma vítima do ‘alexandrismo’. Então eu acho que ele tomou a decisão correta”, declarou o senador.

    Segundo Flávio, é preciso compreender o contexto do que está acontecendo no Brasil há alguns anos, e que Eduardo é “insubstituível” por causa da proximidade com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e sua família.

    “A covardia e a perseguição partem de uma pessoa no órgão máximo do Judiciário brasileiro, que era para dar o exemplo e está usando a caneta para promover vingança. Isso é muito triste, não tem como acabar bem, infelizmente”, prosseguiu o senador. 

    Durante ato no último domingo (16) no Rio de Janeiro, Flávio havia dito que os aliados de Jair Bolsonaro (PL) irão “derrotar o alexandrismo”.

    Licença temporária de Eduardo Bolsonaro

    Nesta terça-feira, Eduardo Bolsonaro anunciou que vai se licenciar temporariamente do cargo para ficar nos Estados Unidos, se dedicando “integralmente” a buscar as “devidas sanções aos violadores de direitos humanos” e também a “resgatar liberdades perdidas” no Brasil.

    “Eu abdico temporariamente dele [mandato], para seguir bem representando esses milhões de irmãos de pátria, que me incumbiram dessa nobre missão. Irei me licenciar sem remuneração, para que possa me dedicar integralmente e buscar as devidas sanções aos violadores de direitos humanos”, disse o parlamentar.

    Dentre os motivos pelos quais disse ter decidido ficar no país chefiado por Trump, Eduardo citou as condenações de participantes e articuladores do 8 de janeiro, assim como as prisões preventivas de Filipe Martins, Anderson Torres e Silvinei Vasques. Além do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    Durante o tempo que Eduardo Bolsonaro permaneceu nos Estados Unidos, o PT, encabeçado pelo líder do partido na Câmara, Lindbergh Farias, apresentou uma queixa-crime contra o filho de Bolsonaro, acusando-o de conspiração contra o governo brasileiro com parlamentares dos EUA, solicitando também a apreensão do passaporte do parlamentar.

    “Se Alexandre de Moraes quer apreender o meu passaporte, ou mesmo me prender para que eu não possa mais denunciar os seus crimes nos Estados Unidos, então é justamente aqui que eu vou ficar e trabalhar mais do que nunca”, completou Eduardo Bolsonaro.

    Tópicos