Flávio Bolsonaro recorre contra manutenção de inquérito por crime eleitoral
Senador é investigado por suposta falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, por omitir bens nas declarações entregues à Justiça Eleitoral do Rio
Os advogados do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) recorreram da decisão do Ministério Público Federal (MPF) de autorizar a continuidade do inquérito sobre suposto crime eleitoral cometido pelo parlamentar, conforme informaram neste sábado (22).
Na segunda-feira, o MPF havia rejeitado o arquivamento da investigação por alegadas omissões em declarações de bens apresentadas em eleições passadas, e determinado a continuidade do inquérito pela Procuradoria Eleitoral do Rio de Janeiro.
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Flávio Bolsonaro, filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), é investigado por suposta falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, por ter omitido bens nas declarações entregues à Justiça Eleitoral do Rio em 2014, 2016 e 2018.
O MP eleitoral do Rio havia recomendado o arquivamento, mas o juiz eleitoral do inquérito, Flávio Itabaiana, foi contra a paralisação da investigação eleitoral. O caso foi então encaminhado para a 2ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal, em Brasília, que decidiu pela continuidade da investigação.
“A própria Polícia Federal, assim como dois promotores eleitorais, também pediram o arquivamento e declararam que Flávio Bolsonaro não cometeu qualquer irregularidade”, informou a defesa do senador.
“Apesar de todos os pedidos e de todas as provas que isentam o parlamentar, a investigação continua aberta. A defesa quer apenas que se respeite o arquivamento solicitado pelo próprio Ministério Público”, acrescentaram os advogados.
Além da suspeita de crime eleitoral, Flávio Bolsonaro é investigado por suspeita de ter praticado desvio de recursos em seu gabinete quando era deputado estadual do Rio, no caso que ficou conhecido como “rachadinha”.
O parlamentar também já foi ouvido no inquérito do MPF que apura denúncia de vazamento da operação Furna da Onça, em 2018, quando surgiram as primeiras informações relativas a movimentações financeiras atípicas em mais de 20 gabinetes da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).