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    Flávio Bolsonaro diz que vai pedir a colegas do PL que mostrem voto à presidência do Senado

    Rogério Marinho é o candidato oficial do PL ao posto e tem como principal adversário o atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG)

    Luciana AmaralKaio Telesda CNN

    em Brasília

    Em meio a uma pressão a favor de Rogério Marinho (PL-RJ) de apoiadores do candidato à presidência do Senado nas redes sociais de senadores, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou, neste sábado (28), que pedirá a todos os correligionários da bancada que explicitem o voto. Marinho é o candidato oficial do PL ao posto e tem como principal adversário o atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

    “Nós vamos pedir, dentro da bancada, que todos possam abrir seu voto de forma transparente, para que nós possamos mostrar ao Brasil que nós queremos um Senado de volta. Se nós estamos hoje com parlamentares preocupados com o que vão falar em uma tribuna, porque não sabem se serão punidos ou não, alguma coisa não está normal”, disse.

    A declaração de Flávio Bolsonaro aconteceu durante o evento que formalizou o bloco dos partidos PL, PP e Republicanos em favor de Marinho na eleição à presidência do Senado, neste sábado, em Brasília. O pleito interno está marcado para a próxima quarta-feira (1º).

    Nas últimas semanas, nas redes sociais, uma série de apoiadores de Marinho têm feito pressão para que os senadores não votem em Pacheco. No Twitter, por exemplo, eles têm usado a hashtag “Pacheco não”. Alguns também têm cobrado que os senadores mostrem em quem votarão.

    À CNN, sob reserva, alguns senadores que tendem a votar em Pacheco já reclamaram dessa cobrança e se sentem incomodados. Ao mesmo tempo, afirmam que isso não deve fazê-los mostrar o voto de forma automática.

    A votação à presidência do Senado é secreta e acontece em uma cédula de papel. Após a apuração dos votos, é revelado o resultado da disputa.

    A reclamação de parte dos senadores chegou aos ouvidos do PL. Tanto que o senador Carlos Portinho (PL-RJ), um dos responsáveis pela articulação da candidatura de Marinho, pediu que houvesse uma cobrança “civilizada” no Twitter, na semana passada.

    “Importante é o movimento orgânico, espontâneo e democrático que pede voto em Rogério Marinho para presidência do Senado. Mas civilizadamente. Cobre o seu senador com o respeito que tem pelo seu voto. Venceremos!”

    Se os senadores do PL realmente aderirem à intenção de Flávio Bolsonaro e mostrarem os votos, não será a primeira vez que os parlamentares decidirão expor em quem votaram.

    Isso aconteceu na última eleição ao comando da Casa, em 2019, por exemplo. Na época, o então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, determinou que a votação fosse secreta. Parte dos senadores mostrou o voto como forma de protesto à decisão.

    Também concorre à presidência do Senado Eduardo Girão (Podemos-CE). Ele, porém, não conta com o apoio do próprio partido até o momento.