Fernando Molica: Pacheco recusou prolongar a crise artificial de Jair Bolsonaro
No quadro Liberdade de Opinião, jornalista falou sobre rejeição do pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes pelo Senado
No quadro Liberdade de Opinião desta quinta-feira (26), o jornalista Fernando Molica analisou a rejeição do pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). O pedido foi protocolado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por atritos recorrentes com Moraes.
Para Molica, agora, o equilíbrio entre os Poderes depende do presidente da República. “Quem está complicando a relação é o presidente Jair Bolsonaro, que não aceita derrotas no STF, não aceita medidas tomadas por ministros do Supremo e não recorre dessas medidas”, avaliou.
“O problema é que, agora, o presidente Bolsonaro cria essas crises artificiais, cria-se o problema, e, depois, faz o pedido de impeachment [de ministro do Supremo]”, completou. “São crises meramente artificiais. Ele está complicado essa relação entre Poderes, pois o presidente Jair Bolsonaro não aceita derrotas nem ser contrariado.”
“A recusa ao pedido tem um viés técnico, institucional, e, também, um componente político óbvio, que é evitar entrar numa crise criada artificialmente por Jair Bolsonaro. Foi bom que o Rodrigo Pacheco tenha tomado logo essa decisão, não deixou isso rolar por muito tempo para evitar o prosseguimento da crise. Mas o presidente já demonstrou que gosta de manter seus temas e de alongar essas crises que ele mesmo cria”, concluiu o jornalista.
O Liberdade de Opinião tem a participação de Fernando Molica e Alexandre Garcia. O quadro vai ao ar diariamente na CNN.
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