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    Favoritos são aconselhados a relegar Bolsonaro a segundo plano em disputa em SP

    O entorno do atual prefeito considera que a vinculação ao ex-presidente prejudica no avanço sobre o eleitorado moderado, enquanto o grupo de Guilherme Boulos quer que ele busque o eleitorado arrependido

    Gustavo Uribeda CNN , Brasília

    Um dos protagonistas da disputa presidencial de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve ser relegado ao segundo plano na disputa municipal do ano que vem em São Paulo.

    Os dois principais nomes que se viabilizam para a eleição municipal, Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL), têm sido aconselhados por aliados políticos a evitar citar o ex-mandatário do Palácio do Planalto.

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    No caso de Nunes, uma pesquisa recente feita por um grupo de aliados, cujos resultados foram citados para a CNN, aponta que ele mais perde votos do que ganha ao se vincular diretamente a Bolsonaro.

    O prefeito, no entanto, não pode se afastar totalmente do ex-presidente, já que precisa garantir o eleitorado de direita e busca o apoio do PL, partido de Bolsonaro.

    O levantamento mostrou, por outro lado, que a vinculação ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) é benéfica eleitoralmente, o que deve ser reforçado durante o pleito municipal.

    Já o grupo político de Boulos defende que ele evite atacar Bolsonaro, em uma tentativa de buscar um eleitorado de classe média alta, sobretudo aquele chamado de arrependido: que votou em Bolsonaro em 2018 e trocou para Lula em 2022.

    A ideia pregada na esquerda é que Boulos foque nas pautas da cidade e no embate com o atual prefeito, deixando eventuais críticas a Bolsonaro para aliados políticos.

    O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, reconheceu recentemente que Bolsonaro defende que o partido lance uma candidatura própria, mas que a tendência maior é que a legenda apoie Nunes.

    A decisão, segundo ele, deve só ser tomada, no entanto, em fevereiro. O PL quer garantir que, nos próximos seis meses, Nunes demonstre ter viabilidade eleitoral.

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