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    Indiciados por hostilização a Moraes pedem acesso a imagens de aeroporto de Roma

    Defesa também quer detalhes sobre a perícia feita no vídeo pela Polícia Federal

    PF voltou atrás e decidiu indiciar empresário por ataques verbais ao ministro Alexandre de Moraes
    PF voltou atrás e decidiu indiciar empresário por ataques verbais ao ministro Alexandre de Moraes Luiz Roberto/Secom-TSE

    Elijonas Maiada CNN

    Brasília

    A defesa dos indiciados pela Polícia Federal (PF) por hostilização à família do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez um novo pedido ao STF, nesta terça-feira (4), para ter acesso às imagens do caso.

    “Que seja franqueado o acesso ao investigado Roberto Mantovani Filho, sua defesa e seus assistentes técnicos, tanto das imagens do aeroporto, como de eventuais mensagens e postagens supostamente identificadas em seu celular”, diz o documento protocolado.

    As imagens, que são mantidas sob sigilo, foram enviadas à Justiça brasileira ano passado após acordo de cooperação jurídica internacional com o Ministério da Justiça com a Itália.

    O advogado Ralph Tórtima, que defende os suspeitos, também pediu informações sobre o trabalho de perícia da PF realizado no vídeo extraído do circuito de segurança do aeroporto de Roma, onde ocorreu a suposta agressão.

    Em um relatório sobre a análise das imagens, que não têm áudio, os investigadores da PF afirmaram que elas refletem o relato do ministro.

    “Requer-se, também, que tal perícia evidencie o tratamento dado a essas imagens, desde o primeiro momento em que entregues a uma autoridade brasileira, apontando se houve respeito à preservação da higidez desse material, pontuando as providências adotadas para a preservação da chamada cadeia de custódia”, argumenta o advogado.

    Indiciamento

    Na segunda-feira (3), a analista da CNN Luísa Martins revelou que a Polícia Federal voltou atrás e decidiu indiciar o empresário Roberto Mantovani Filho por ataques verbais ao ministro Alexandre de Moraes.

    Inicialmente, a corporação havia afirmado ao STF que via crime contra a honra, mas que uma instrução normativa da própria PF vedava o indiciamento em casos de menor potencial ofensivo, como aqueles cuja pena máxima é de dois anos.

    Nesta segunda, no entanto, após troca de delegado no caso, a PF disse que há um agravante que aumenta a pena para dois anos e oito meses: o fato de o crime ter sido praticado contra um servidor público, em razão de suas funções.

    “Diante de tal circunstância, entendo que, no caso em questão, [é] cabível e necessário o indiciamento dos investigados no referido crime”, escreveu o delegado Thiago Severo Rezende, em petição enviada ao STF na segunda-feira.

    A PF, que analisou as imagens das câmeras de segurança do aeroporto, afirmou que Mantovani e sua família “agrediram e ofenderam” Moraes e seu filho, Alexandre Barci de Moraes, “por razões completamente injustificáveis”. Os suspeitos negam.