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    Expulsão de embaixador brasileiro da Nicarágua foi “agressão”, diz Rui Costa

    Ministro da Casa Civil defende reciprocidade e afirma que Brasil "não pode aceitar que embaixadores sejam importunados"

    Rebeca Borgesda CNN em Brasília

    O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o Brasil “não pode aceitar que seus embaixadores sejam importunados”. A declaração foi feita nesta quinta-feira (8), após reunião ministerial convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    Nesta manhã, o governo brasileiro anunciou a expulsão da embaixadora Fulvia Patricia Castro Matu após o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, fazer o mesmo com o embaixador do Brasil no país, Breno de Souza.

    Na avaliação de Rui Costa, o posicionamento da Nicarágua é uma “agressão fortuita ao padrão internacional de respeito às embaixadas e aos embaixadores”.

    Segundo Rui Costa, o ato do governo brasileiro foi apenas uma forma de “reciprocidade”. “O Brasil quer paz com todo mundo, mas não pode aceitar que seus representantes e seus embaixadores sejam importunados.”

    Breno de Souza foi expulso após desagradar Ortega por não ter comparecido ao aniversário da Revolução Sandinista, comemorado em evento no dia 19 de julho.

    “O não comparecimento a um ato governamental ou institucional não caracteriza e não pode caracterizar uma reação do país. Nenhum embaixador de país nenhum é obrigado a participar de eventos”, afirmou Rui Costa.

    Ortega teria se sentido desprestigiado pelo governo brasileiro. Ele enviou o comunicado da expulsão do embaixador brasileiro na noite de quarta-feira (7). Segundo relatos feitos à CNN, a relação Brasil-Nicarágua já estava praticamente congelada nos últimos meses.

    No ano passado, o papa Francisco chegou a pedir para Lula interceder com Ortega a favor de bispos e padres sequestrados na Nicarágua. Ortega teria ignorado as tentativas de contato feitas por Lula.

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