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    Exército diz adotar “medidas cabíveis” sobre coronel que teria proposto golpe a Mauro Cid

    Coronel Lawand teria pedido para que então ajudantes de ordens convencesse Bolsonaro a ordenar intervenção militar, segundo a revista Veja

    O então ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, conhecido como coronel Cid, durante coletiva de imprensa no Ministério da Economia.
    O então ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, conhecido como coronel Cid, durante coletiva de imprensa no Ministério da Economia. DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/Código imagem:243001

    Lucas Mendesda CNN

    em Brasília

    O Exército afirmou, nesta sexta-feira (16), que está adotando as “medidas cabíveis” na esfera administrativa em relação ao coronel Jean Lawand, que teria enviado mensagens sugerindo um golpe de Estado a Mauro Cid, ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro (PL).

    As mensagens foram identificadas pela Polícia Federal (PF), conforme informações da revista Veja. O conteúdo, segundo o veículo, trazia pedidos de Lawand para que Cid convencesse Bolsonaro a ordenar uma intervenção militar no país, após a derrota nas eleições para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    Segundo Veja, a PF também encontrou no celular de Mauro Cid um roteiro de golpe, que incluía o afastamento dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski e a nomeação de um interventor para restaurar a “ordem constitucional”.

    Sobre o caso, o Exército disse, em nota, que “eventuais condutas individuais julgadas irregulares serão tratadas no âmbito judicial, observando o devido processo legal”.

    A corporação também afirmou que “prima sempre pela legalidade e pelo respeito aos preceitos constitucionais” e que opiniões e comentários pessoais “não representam o pensamento da cadeia de comando do Exército Brasileiro e tampouco o posicionamento oficial da Força”.

    Cid está preso desde o dia 3 de maio no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília. Ele é suspeito de integrar uma suposta associação criminosa voltada para fraudar cartões de vacina contra a covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.

    Leia a íntegra da nota do Exército:

    “Sobre trocas de mensagens entre o Coronel Jean Lawand Junior e o ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro, Tenente-Coronel Mauro Cid, o Centro de Comunicação Social do Exército informa que:

    Opiniões e comentários pessoais não representam o pensamento da cadeia de comando do Exército Brasileiro e tampouco o posicionamento oficial da Força.

    Como Instituição de Estado, apartidária, o Exército prima sempre pela legalidade e pelo respeito aos preceitos constitucionais.

    Os fatos recentes somente ratificam e comprovam a atitude legalista do Exército de Caxias.

    Eventuais condutas individuais julgadas irregulares serão tratadas no âmbito judicial, observando o devido processo legal.

    Na esfera administrativa, as medidas cabíveis já estão sendo adotadas no âmbito da Força.

    Em relação à função do Cel Lawand, citado na matéria da Revista Veja como Subchefe do Estado-Maior do Exército, este Centro esclarece que o referido militar serve no Escritório de Projetos Estratégicos do Estado-Maior do Exército.

    Por fim, consciente de sua missão constitucional e do compromisso histórico com a sociedade brasileira, o Exército reafirma sua responsabilidade pela fiel observância dos preceitos legais e preservação dos princípios éticos e valores morais.

    Atenciosamente,
    CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DO EXÉRCITO”