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    Ex-ministro Milton Ribeiro confirma à PF que atendeu pastores a pedido de Bolsonaro

    Inquérito foi aberto por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF) em investigação sobre tráfico de influência

    O ministro da Educação Milton Ribeiro falou sobre abstenções no Enem (24.jan.2021)
    O ministro da Educação Milton Ribeiro falou sobre abstenções no Enem (24.jan.2021) Foto: Reprodução / CNN

    Vianey BentesThais Arbexda CNN

    O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro prestou depoimento nesta quinta-feira (31) à Polícia Federal. Falou no âmbito do inquérito que investiga tráfico de influência e suspeita de corrupção no MEC. O depoimento foi discreto.

    Aos policiais, ele confirmou que recebia os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura a pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL). As informações foram obtidas pela CNN junto a fontes que estão a par das apurações.

    No dia 22, em entrevista à CNN, Milton Ribeiro já havia dito que não favoreceu pastores na distribuição de verbas da pasta. Em áudios atribuídos a Ribeiro, revelados pelo jornal “Folha de S. Paulo”, ele afirma ter atendido a um “pedido especial” do presidente Bolsonaro para que a liberação de verbas da pasta fosse direcionada para prefeituras específicas a partir da negociação feita por dois pastores evangélicos que não possuem cargos no governo federal.

    Para a PF, Ribeiro repetiu que não deu tratamento privilegiado aos dois pastores e reafirmou que semanalmente recebia inúmeras pessoas. Essa era uma das atribuições do cargo político que ocupava.

    O inquérito foi aberto por ordem do Supremo Tribunal Federal. Nesta quinta-feira, Ribeiro era esperado para depor na Comissão de Educação do Senado, mas não compareceu.

    Outro lado

    O advogado do ex-ministro, o criminalista Luiz Carlos da Silva Neto, disse à CNN que Ribeiro pediu para se manifestar e que confirmou ter atendido a um pedido do presidente para receber os pastores. Alegou ainda que o presidente nunca perguntou a ele se seu pleito havia sido atendido. Conforme o defensor, o ministro se sentiu envergonhado por ter de prestar depoimento, que estava disposto a colaborar com as investigações e que negou cometido qualquer ato de corrupção.