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    Ex-bombeiro Suel, preso no caso Marielle Franco, chega a presídio em Brasília

    Suel foi preso na segunda-feira (24) pela Polícia Federal (PF) suspeito de participação nos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes

    Da CNN

    O ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, chegou ao Presídio Federal de Brasília na tarde desta terça-feira (25). A informação foi confirmada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais.

    Suel foi preso na segunda-feira (24) pela Polícia Federal (PF) suspeito de participação nos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Ele estava na carceragem da PF no Rio de Janeiro antes de ser transferido nesta terça.

    Maxwell já havia sido preso em junho de 2020 em uma operação que investigava o crime e cumpria prisão domiciliar. Ele teria ajudado a esconder armas de Ronnie Lessa, apontado como executor da vereadora e do motorista. Entre as armas, estaria a utilizada nos homicídios.

    Na noite de segunda (24), a Justiça do Rio de Janeiro determinou a transferência do ex-sargento do Corpo de Bombeiros Maxwell para um presídio de segurança máxima fora do estado.

    Conforme explicou a Secretaria Nacional de Políticas Penais, “para ser transferido para um presídio federal, o custodiado deverá apresentar, ao menos, alguns pré-requisitos, como ter desempenhado função de liderança ou participado de forma relevante em organização criminosa e ser membro de quadrilha ou bando, envolvido na prática reiterada de crimes com violência ou grave ameaça”.

    Caso Marielle

    A investigação sobre o assassinato da vereadora avançou após as revelações feitas pelo ex-policial militar Élcio Queiroz em delação premiada, na qual ele detalhou os acontecimentos envolvendo a execução de Marielle.

    Preso desde março de 2019, Queiroz – acusado de dirigir o carro usado na noite do crime – confirmou a sua participação, além de apontar outras pessoas como coparticipantes do crime. Dentre elas, o ex-bombeiro Maxwell.

    Suel fazia “campana” seguindo os passados de Marielle, e ainda teria ajudado a esconder armas de Ronnie Lessa e levado o carro utilizado na noite do crime para um desmanche.

    Na delação, Élcio ainda disse que Lessa revelou uma tentativa frustrada de assassinar Marielle Franco em 2017. Ronnie Lessa teria dito a ele que havia tido a oportunidade de “chegar até esse alvo”, mas não conseguiu, pois Maxwell, que dirigia o carro naquele dia, disse que o veículo estava com problemas mecânicos.

    “Maxwell auxilia no crime tanto antes, na manutenção e guarda do carro, na vigilância da vereadora. Após o crime, ele auxilia os executores a trocar as placas do veículo, auxilia também ao contatar a pessoa que foi responsável por se desfazer do carro”, disse o promotor Eduardo Morais na segunda-feira (24).

    Além disso, segundo o promotor, também era Suel quem auxiliava a família de Élcio financeiramente desde que este foi preso. “Ele vinha auxiliando os executores a se eximirem da sua participação do crime. Solto, ele continuaria a se desfazer de provas”, acrescentou Morais.

    Ainda segundo a delação de Élcio, depois do assassinato da vereadora, ele e Ronnie Lessa teriam encontrado Maxwell no bar e restaurante Resenha. A morte da vereadora Marielle Franco já havia sido anunciada nos jornais, e quando Maxwell encontrou os dois teria dito para Lessa: “Eu sabia que eram vocês.”

    Élcio disse que os três continuaram bebendo naquela noite e que foram embora embriagados. Ele disse que foi embora junto de Ronnie, mas que não se lembra se Maxwell também estava com eles.

    *Publicado por Fernanda Pinotti

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