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    Ex-assessor de Bolsonaro diz que não sabia de sua nomeação para cargo no governo do RJ

    Waldir Ferraz, nomeado em cargo de confiança na Secretaria de Estado de Esporte, Lazer e Juventude, informou que já solicitou sua exoneração

    Palácio Guanabara: sede do governo do estado do Rio de Janeiro
    Palácio Guanabara: sede do governo do estado do Rio de Janeiro Foto: Reprodução / CNN

    Maria Mazzeida CNNIsabelle Resende

    no Rio Janeiro

    Ocupando cargo de confiança na Secretaria de Estado de Esporte, Lazer e Juventude do Rio de Janeiro há dez dias, o ex-assessor e amigo próximo do presidente Jair Bolsonaro (PL), Waldir Ferraz admitiu a CNN que não compareceu para trabalhar porque não sabia da nomeação e informou que já solicitou sua exoneração.

    Waldir foi nomeado no dia 25 de maio para o cargo de Assistente da Superintendência de Promoção Institucional da pasta.

    A CNN entrou em contato com a Secretaria de Estado de Esporte, Lazer e Juventude do Rio de Janeiro e com a assessoria de imprensa do governador Claudio Castro, questionou a nomeação de Waldir. “A partir das declarações de Waldir Ferraz, a Secretaria de Estado de Esportes e Lazer do Rio de Janeiro vai tornar sem efeito a nomeação do mesmo”, respondeu a Secretaria.

    “Eu estava na secretaria de planejamento. Me tiraram. Eu quis voltar, mas para lá. Aí me colocaram em outra e numa função que nem sei o que é. Me alertaram para não aceitar e não aceitei. Fiquei sabendo pela imprensa que fui nomeado. Eu não quero e já pedi minha exoneração”, disse Waldir.

    Waldir ocupava desde 19 de janeiro de 2021 o cargo de Assessor Especial do Gabinete do Secretário, da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão do Rio de Janeiro. Ele foi exonerado e dias depois nomeado na Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude.

    Organizador de motociatas de Bolsonaro no Rio e em outros estados, Waldir Ferraz tem surgido como pré-candidato a deputado federal pelo Rio de Janeiro e participado de eventos com o obtivo de promover sua possível candidatura. Apesar disso, Waldir, que é filiado ao PL, só vai decidir se será mesmo candidato na época das convenções partidárias, previstas para julho e agosto.

    A lei eleitoral, casos como o de Waldir, que pretende disputar uma vaga nas Eleições Gerais de 2022, exige a desincompatibilização – ato pelo qual o pré-candidato se afasta do posto que exerce para se tornar elegível perante a Justiça Eleitoral – três meses antes do pleito, ou seja, até 2 de julho.

    Caso o pré-candidato continue exercendo a função que ocupa após o prazo definido pela legislação eleitoral, ele incorre na chamada incompatibilidade, que é uma das causas de inelegibilidade previstas na Lei Complementar n° 64/1990, conhecida como Lei de Inelegibilidade.

    Em 2020, Waldir Ferraz disputou cargo de vereador no Rio pelo Republicanos, mas acabou não sendo eleito.